Duas notas para responder a um comentário de interesse geral deixado na caixa deste post, mas também a alguma argumentação que, por vezes, ouço ou leio sobre a questão que opõe professores e ministério, bem como sobre a organização do sector da educação.
Em primeiro lugar que não se podem citar, de modo avulso e retiradas de um contexto mais geral, questões específicas e particulares de outros modelos organizacionais do sector, em países estrangeiros, comparando-os com o que se passa em Portugal e partindo daí para tirar conclusões, quaisquer que elas sejam. É preciso analisá-las no conjunto mais geral da organização do sector da educação em cada país, comparar esses mesmos contextos, só depois disso sendo possível tirar conclusões, valorizando-as. Por exemplo, e contrariamente ao que afirma um leitor, não se pode dizer que na Finlândia não existe avaliação de professores ou esta não conta para a carreira, ou que na Alemanha, por exemplo, um professor tem x horas lectivas por semana e em Portugal x+n, tentando daí retirar ilações de desfavorecimento para os professores no caso português, sem uma análise mais vasta de como se processa a gestão global do sector nos dois países, qual a situação do ensino e dos professores em cada um deles e de que modo a avaliação ou ausência dela neles se integra e que papel desempenha.
De igual modo, não é possível concluir que uma avaliação rigorosa do trabalho dos professores e o estabelecimento de uma hierarquia entre eles, como resultado dessa mesma avaliação, vá pôr em causa a afirmação de um leitor no sentido de que: “Como já se percebeu na esmagadora maioria dos países europeus, a escola é um organismo que só sobrevive se houver cooperação, que a competição destrói a escola”. Também neste caso se poderá dizer que qualquer organização bem sucedida também só sobrevive e obtém resultados se houver cooperação, só que essa mesma cooperação não é inimiga da competição. Muito pelo contrário, só se consegue e se maximiza se, no seu interior, existir uma saudável e controlada competitividade orientada.
Em primeiro lugar que não se podem citar, de modo avulso e retiradas de um contexto mais geral, questões específicas e particulares de outros modelos organizacionais do sector, em países estrangeiros, comparando-os com o que se passa em Portugal e partindo daí para tirar conclusões, quaisquer que elas sejam. É preciso analisá-las no conjunto mais geral da organização do sector da educação em cada país, comparar esses mesmos contextos, só depois disso sendo possível tirar conclusões, valorizando-as. Por exemplo, e contrariamente ao que afirma um leitor, não se pode dizer que na Finlândia não existe avaliação de professores ou esta não conta para a carreira, ou que na Alemanha, por exemplo, um professor tem x horas lectivas por semana e em Portugal x+n, tentando daí retirar ilações de desfavorecimento para os professores no caso português, sem uma análise mais vasta de como se processa a gestão global do sector nos dois países, qual a situação do ensino e dos professores em cada um deles e de que modo a avaliação ou ausência dela neles se integra e que papel desempenha.
De igual modo, não é possível concluir que uma avaliação rigorosa do trabalho dos professores e o estabelecimento de uma hierarquia entre eles, como resultado dessa mesma avaliação, vá pôr em causa a afirmação de um leitor no sentido de que: “Como já se percebeu na esmagadora maioria dos países europeus, a escola é um organismo que só sobrevive se houver cooperação, que a competição destrói a escola”. Também neste caso se poderá dizer que qualquer organização bem sucedida também só sobrevive e obtém resultados se houver cooperação, só que essa mesma cooperação não é inimiga da competição. Muito pelo contrário, só se consegue e se maximiza se, no seu interior, existir uma saudável e controlada competitividade orientada.
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