Quase findo "este" 2012 e a poucos dias de um já conhecido 2013, o pior (ou quase o pior) que poderia acontecer ao primeiro-ministro era ser obrigado a proferir a tradicional mensagem de Natal do detentor do cargo, onde, de acordo com a época, é suposto transmitir-se esperança, conforto, promessas de alguma abastança ou, no mínimo, de dias melhores; onde é suposto ouvir as palavras e ter a companhia dos que pelo nosso bem-estar se preocupam. Por isso mesmo, assistimos a um primeiro-ministro como que envergonhado, proferindo palavras sem qualquer convicção, a pedir interiormente a todos os santinhos e ao Menino Jesus que o tirassem dali - a ele e ao seu desconforto - o mais rapidamente possível. Nas circunstâncias presentes, obrigar Pedro Passos Coelho a dirigir-se aos portugueses no Natal foi sujeitá-lo a uma bem merecida humilhação.
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