Costumava dizer o meu pai que o pior defeito do mundo era a estupidez. Tinha razão. E, acrescento eu, quando colocada insidiosamente ao serviço dos interesses mais mesquinhos em conjugação com o ódio, essa estupidez torna-se ainda mais insidiosa e desprezível. Tudo isto vem a propósito da coluna “sobe e desce”, ou coisa do género, do “Público” de hoje (só para assinantes). Vejamos.
Scolari tem alguns defeitos e muitas virtudes, estas especialmente valiosas para um seleccionar, talvez não tanto para um treinador de clube (veremos como ultrapassa as suas tradicionais weaknesses no Chelsea). Já por aqui, num conjunto de três posts dedicados ao assunto, os tentei dissecar. Entre as virtudes podem contar-se o rigor e profissionalismo com que tem dirigido a selecção de futebol, definindo, logo à partida, quem mandava, sem margem para quaisquer dúvidas, percebendo (até por experiência anterior) como se abordava e preparava uma fase final de uma grande competição e blindando e dando coesão a um grupo de trabalho, transformando um “bando” numa equipa, ou seja, num grupo organizado e estruturado. Tudo isto já tem sido dito, mas parece que tende a ser esquecido - bem como os tempos de António Oliveira - pela acção das forças combinadas da estupidez e do interesse mesquinho, leia-se, para que não restem dúvidas, de quem efectivamente mandava no futebol português e a quem a contratação de Scolari terá feito perder algum do muito poder que detinha. Os resultados (vice-campeão da Europa, 4º classificado no Mundial e apuramento, como 1º classificado do seu grupo, para os ¼ de final do Europeu, precisando, para isso, apenas de 2 jogos) falam por si. Não ganhou nenhum título? Pois, mas, talvez tão ou mais importante do que isso, tornou-se um habitué, um membro do “pelotão da frente”, uma selecção já não capaz do melhor e do pior, mas regular e consistente, capaz de alcançar objectivos mesmo quando não joga bem, o que define as grandes equipas, as grandes instituições e as grandes empresas. Para quem anteriormente mandava, a semana parece não estar a correr nada bem e, por razões diversas, parece também não se perspectivar qualquer optimismo para que acabe melhor amanhã, quando a UEFA se pronunciar sobre o recurso do FCP.
Pois o “Público”, que tem sido, de uma maneira ou de outra, diga-se que de forma veladamente inteligente pois a grande maioria dos seus leitores não são estúpidos, porta voz dos interesses de quem mandava e deixou de o poder fazer (não é, Bruno Prata?), no dia seguinte à selecção portuguesa de futebol ter conseguido o tal apuramento para os ¼ de final com duas vitórias justíssimas contra selecções que estão muito longe do 3º mundo futebolístico, lá resolveu colocar Scolari “para baixo” por ter sido divulgado o seu contrato com o Chelsea onde será candidato a milionário a partir de 1 de Julho, esquecendo-se que o Chelsea deve também satisfações e informação aos seus adeptos e accionistas e que tanto Scolari como a sua equipa já revelaram profissionalismo e maturidade suficientes para que isso não seja um problema. Não contente com isso, o mesmo jornal afirma que esta selecção vale por si própria. Pelo método de redução ao absurdo, vamos concluir que sim, que alcançaria os mesmos resultados em autogestão. Que pena, então, não ter sido decidida essa autogestão nos tempos em que era dirigida por António Oliveira (esse prestigiado treinador depois disputado a peso de oiro pelas grandes equipas europeias), pela Olivedesportos e pelo FCP. Talvez então tivéssemos sido campeões no Mundial de 2002, de tão triste memória... Aquele (sabem?) em que Scolari foi campeão e Portugal perdeu com os USA e a Coreia!
Scolari tem alguns defeitos e muitas virtudes, estas especialmente valiosas para um seleccionar, talvez não tanto para um treinador de clube (veremos como ultrapassa as suas tradicionais weaknesses no Chelsea). Já por aqui, num conjunto de três posts dedicados ao assunto, os tentei dissecar. Entre as virtudes podem contar-se o rigor e profissionalismo com que tem dirigido a selecção de futebol, definindo, logo à partida, quem mandava, sem margem para quaisquer dúvidas, percebendo (até por experiência anterior) como se abordava e preparava uma fase final de uma grande competição e blindando e dando coesão a um grupo de trabalho, transformando um “bando” numa equipa, ou seja, num grupo organizado e estruturado. Tudo isto já tem sido dito, mas parece que tende a ser esquecido - bem como os tempos de António Oliveira - pela acção das forças combinadas da estupidez e do interesse mesquinho, leia-se, para que não restem dúvidas, de quem efectivamente mandava no futebol português e a quem a contratação de Scolari terá feito perder algum do muito poder que detinha. Os resultados (vice-campeão da Europa, 4º classificado no Mundial e apuramento, como 1º classificado do seu grupo, para os ¼ de final do Europeu, precisando, para isso, apenas de 2 jogos) falam por si. Não ganhou nenhum título? Pois, mas, talvez tão ou mais importante do que isso, tornou-se um habitué, um membro do “pelotão da frente”, uma selecção já não capaz do melhor e do pior, mas regular e consistente, capaz de alcançar objectivos mesmo quando não joga bem, o que define as grandes equipas, as grandes instituições e as grandes empresas. Para quem anteriormente mandava, a semana parece não estar a correr nada bem e, por razões diversas, parece também não se perspectivar qualquer optimismo para que acabe melhor amanhã, quando a UEFA se pronunciar sobre o recurso do FCP.
Pois o “Público”, que tem sido, de uma maneira ou de outra, diga-se que de forma veladamente inteligente pois a grande maioria dos seus leitores não são estúpidos, porta voz dos interesses de quem mandava e deixou de o poder fazer (não é, Bruno Prata?), no dia seguinte à selecção portuguesa de futebol ter conseguido o tal apuramento para os ¼ de final com duas vitórias justíssimas contra selecções que estão muito longe do 3º mundo futebolístico, lá resolveu colocar Scolari “para baixo” por ter sido divulgado o seu contrato com o Chelsea onde será candidato a milionário a partir de 1 de Julho, esquecendo-se que o Chelsea deve também satisfações e informação aos seus adeptos e accionistas e que tanto Scolari como a sua equipa já revelaram profissionalismo e maturidade suficientes para que isso não seja um problema. Não contente com isso, o mesmo jornal afirma que esta selecção vale por si própria. Pelo método de redução ao absurdo, vamos concluir que sim, que alcançaria os mesmos resultados em autogestão. Que pena, então, não ter sido decidida essa autogestão nos tempos em que era dirigida por António Oliveira (esse prestigiado treinador depois disputado a peso de oiro pelas grandes equipas europeias), pela Olivedesportos e pelo FCP. Talvez então tivéssemos sido campeões no Mundial de 2002, de tão triste memória... Aquele (sabem?) em que Scolari foi campeão e Portugal perdeu com os USA e a Coreia!
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