segunda-feira, junho 30, 2008

O professor Marcelo e o ministro

Confesso nada entender de agricultura; a minha ligação ao mundo rural é nula e tenho a maior dificuldade em identificar e distinguir espécies vegetais que fujam ao “trivial-croquete”. Quando, um dia e para identificar uma estrada que teria de seguir, me indicaram um carvalho como ponto de referência só me salvei lembrando-me do formato das folhas do dito que ornamentam algumas fardas de oficiais de alta patente. Valeu-me ter feito a “tropa” e a família da minha mãe ser de militares ilustres. "Idem" no que refere às pescas; nunca ninguém na família foi pescador, mesmo que de fim de semana e no molhe da marginal, mas, neste caso, pelo menos consigo identificar a maioria das espécies presentes na banca da peixeira ou do supermercado. Devo-o à minha mãe, que em criança à “praça” me levava. E por aí me fico.

Por isso, não sei se o ministro Jaime Silva é competente ou incompetente e, também por isso, não me pronuncio sobre o seu desempenho. Admito a minha ignorância e, logo, qualquer das avaliações, se me explicarem os quês e os porquês, claro está. Mas ora aí mesmo é que está o busílis! Ao fazer estas afirmações sobre o ministro da agricultura, sem nos desvendar um racional que o justifique, um nexo causa/efeito, Marcelo Rebelo de Sousa passou do comentário político ao insulto, da análise à afirmação gratuita. Caro professor: fazendo jus ao seu título académico e à fama das suas qualidades didácticas, importa-se de explicar? É que nunca é tarde para aprender e, no caso da agricultura e pescas e sendo eu um urbano incorrigível, bem gostava de quem me desse uma ajudinha... “Bute lá”, professor?

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