quarta-feira, junho 04, 2008

Benfica, FCP, árbitros e poder político: dois casos mtº diferentes

Uma diferença significativa preside ao crescimento de FCP e Benfica nos seus períodos de maior êxito: enquanto foram os sucessos europeus, na altura um tanto ou quanto inesperados, fruto de um profissionalismo precocemente assumido, o motor e o sustentáculo do crescimento interno do Benfica nos anos 60 (nos anos 50 o Sporting dominava, o FCP tinha sido duas vezes campeão e o Benfica tinha o estádio com menor lotação entre os três grandes), no caso do FCP, nos anos seguintes ao 25 de Abril, o seu fortalecimento assentou em primeiro lugar nos êxitos internos, fruto de uma conjuntura política e economicamente favorável a norte que terá proporcionado as condições, suspeitas umas e insuspeitas outras, para a criação da massa crítica necessária ao seu posterior sucesso europeu.

Não faz pois qualquer sentido invocar e comparar o proteccionismo de que ambos os clubes terão usufruído nesses anos por parte da arbitragem e do poder político, já que se no caso do Benfica, a ter existido, ele terá sido fundamentalmente consequência e não causa do seu sucesso, em primeiro lugar conquistado internacionalmente, no caso do FCP, contrariamente, ele terá sido razão e causa fundamental e estruturante para a afirmação interna que o iria conduzir posteriormente aos sucessos europeus e ao crescimento sustentado.

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