“Com pinças”, deve o governo conduzir a gestão da crise dos camionistas, entre a manutenção da ordem pública, dos direitos dos cidadãos numa paralisação que parece ter quase tudo de ilegal face à constituição e às leis do país, a não cedência, no essencial, ao necessário cumprimento de uma estratégia política onde a razão está, em traços gerais, do seu lado e a necessidade de evitar a todo o custo uma confrontação de rua, com recurso às forças policiais, o que se poderia tornar desastroso para o seu futuro político. Vamos ver se e em que medida será capaz de o fazer, num quadro em que, mais a mais, existe a dificuldade acrescida da organização representativa do sector estar em desacordo com a maioria dos manifestantes. É a capacidade e experiência políticas de Mário Lino, a sua habilidade negocial, que estão á prova, num sector em que um grande número de micro-empresas (daí o desacordo ANTRAM - manifestantes) não tem quaisquer possibilidades de sobrevivência. Dessa capacidade do ministro depende, neste momento, em boa parte o governo e o país.
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