As sondagens, mormente as eleitorais, são instrumento político hoje em dia indispensável e insubstituível para a análise das tendências do eleitorado. Importante, assim, que se efectuem com periodicidade regular e seja comparado aquilo que é comparável, isto é, que se analisem comparativamente os resultados obtidos pelo mesmo instituto ou empresa de sondagens com técnicas e amostras idênticas. Não sendo, ao contrário de Pedro Magalhães, a quem temos todos ficado a dever ensinamentos preciosos sobre o tema, um especialista - mas apenas um utilizador frequente de estudos de mercado não-políticos -, por aqui me fico como intróito.
Mas isto vem a propósito, mais uma vez, da falta de rigor com que os "media" nos comunicam os respectivos resultados. Ou seja, especificando: ao contrário do que tenho visto afirmado, não se pode com rigor dizer que “se as eleições fossem hoje o PS perderia a maioria absoluta, ou o PSD estaria na fasquia dos 25% e o PCP e o Bloco acima dos 20%”. E porquê? Exactamente porque as eleições não são hoje, e isso faz com que eleitores e partidos se comportem de modo diverso do que acontece nos períodos eleitorais. Por exemplo: questões como o chamado “voto útil” são normalmente esquecidas pelos eleitores em sondagens efectuadas fora do período eleitoral, sobrevalorizando mais as questões emocionais, assim como em termos de ciclo político a actuação de governos e oposições (mais aqueles) são, também elas, claramente diferenciadas em função da proximidade ou afastamento das eleições que se seguem. São apenas dois exemplos – outros haverá, como a tendência para polarizar o voto nos vencedores, deixo-os aos especialistas -, mas que servem “às mil maravilhas” para ilustrar a falta de rigor mediático que por aí vai.
Mas isto vem a propósito, mais uma vez, da falta de rigor com que os "media" nos comunicam os respectivos resultados. Ou seja, especificando: ao contrário do que tenho visto afirmado, não se pode com rigor dizer que “se as eleições fossem hoje o PS perderia a maioria absoluta, ou o PSD estaria na fasquia dos 25% e o PCP e o Bloco acima dos 20%”. E porquê? Exactamente porque as eleições não são hoje, e isso faz com que eleitores e partidos se comportem de modo diverso do que acontece nos períodos eleitorais. Por exemplo: questões como o chamado “voto útil” são normalmente esquecidas pelos eleitores em sondagens efectuadas fora do período eleitoral, sobrevalorizando mais as questões emocionais, assim como em termos de ciclo político a actuação de governos e oposições (mais aqueles) são, também elas, claramente diferenciadas em função da proximidade ou afastamento das eleições que se seguem. São apenas dois exemplos – outros haverá, como a tendência para polarizar o voto nos vencedores, deixo-os aos especialistas -, mas que servem “às mil maravilhas” para ilustrar a falta de rigor mediático que por aí vai.
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