No final dos anos setenta do século XX, tinha então iniciado a minha vida profissional não há muito tempo, lembro-me de ter assistido em Lisboa a uma interessante conferência em que um irlandês (não me lembro o nome nem a que instituição pertencia, mas a conferência era organizada pelo então denominado Fundo de Fomento da Exportação) explicava como e por que razão a adesão à CEE, em 1973, estava a ser chave para que a Irlanda quebrasse a sua tradicional dependência económica, quase neo-colonial, do Reino Unido e, com essa integração, encetasse um processo de desenvolvimento mais interdependente e sustentado. Os resultados desse processo são hoje tangíveis e constituem um case study, sendo desnecessário, portanto, acrescentar o que quer que seja.
Ontem, uma aliança protofascista da extrema direita com o populismo mais desenfreado e o obscurantismo retrógrado ultra-católico, com o apoio dos habituais idiotas úteis da chamada extrema-esquerda, chumbou o referendo ao Tratado Reformador da União. Deveria ser possível pôr o filme a andar para trás, em rewind, e mandar os irlandeses de volta para onde, pelos vistos, nunca deveriam, nem mereceriam, ter saído.
Ontem, uma aliança protofascista da extrema direita com o populismo mais desenfreado e o obscurantismo retrógrado ultra-católico, com o apoio dos habituais idiotas úteis da chamada extrema-esquerda, chumbou o referendo ao Tratado Reformador da União. Deveria ser possível pôr o filme a andar para trás, em rewind, e mandar os irlandeses de volta para onde, pelos vistos, nunca deveriam, nem mereceriam, ter saído.
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