Excelente a conferência de imprensa de Rui Costa. Um discurso curto que não ultrapassou o essencial; um equilíbrio perfeito entre proximidade e distanciamento, formalidade e informalidade olhando de frente os seus interlocutores; respostas simples, directas e claras, curtas mas contendo o essencial; um certo toque de cosmopolitismo onde ele costuma ser uma raridade. Igual dentro e fora dos relvados: a rara capacidade de tornar o difícil fácil, aparentemente sem esforço. Algo só ao alcance dos eleitos. Esperemos confirme. Se assim for, será um dia presidente do Benfica. Ainda bem, já que o contraste com Luís Filipe Vieira foi por demais evidente. Para este último, certamente penoso.
3 comentários:
Well, well, well! Mas já apanhou o tique nacional de que a culpa é sempre dos jornalistas... vide a resposta que deu ao insucesso do sueco.
LT
Como o meu caro JC deverá saber, este seu leitor é do Sporting (e daqueles que o é verdadeiramente desde que nasceu, tendo ainda assistido a jogos nos antigos campos, e que se lembra da "estância de madeiras"), sócio desde há muito, mas espectador raro no estádio (o que quer dizer que é como que fazer um donativo mensal para a instituição), mas tal me tolda a visão em relação aos adversários.
Rui Costa sempre me pareceu um homem vertical, e ontem deuu mostras que pode ser um bom investimento do seu cluube. Falei anteriormente de "contaminação". Espero que ela não se concretize. Porque ontem, e mais uma vez, LFV deu uma triste imagem da presidência do SLB.
Mas ao falar de Rui Costa, não posso deixar de estabelecer um paralelo com o meu clube e seus adeptos, que desde há muito vêem em Figo, o Rui Costa do Sporting. E podia sê-lo, realmente. Só que as diferenças entre um e outro, desde há muito que as estabeleci, e nunca me iludi com uum possível regresso do Luís a Alvalade.
O Rui emigrou para fazer uma vida. O Figo, para ganhar o máximo de dinheiro que lhe fosse possível. O Rui levou o Benfica no coração, mas para o Luís, o Sporting foi uma ponte de passagem. Aliás, para confirmar esta minha opinião, aí está o modo como ambos "festejaram" os golos das suas equipas de então (Floreintina e Inter) às suas equipas de berço.
Mas há outros pormenores, que reputo de elucidativos sobre a atitude de um e outro.
Para mim, razão tinham os adeptos do Barcelona, que quando Figo trocou a equipa catelâ pelos galácticos, o alcunharam de "pesetero".
O Figo foi, é e será sempre um "pesetero", uma espécie de mercenário ao serviço de quem mais pagar,
Dir-me-á que o jogador de futebol na actualidade é todo assim. Não é. Ou pode não ser. Rui Costa demonstra precisamente isso.
E remato dizendo que um possível regresso de Figo a Alvalade nunca terá o meu apoio.
Gosto do Rui Costa, como jogador, como pessoa. Mas não quero comentar seja o que for. Quero apenas registar o quanto me agradou ler o comentário de vdealmeida.
O tom cordato e sereno como se olha para uma paixão como o futebol, aquele que conhecemos um dia e não o que por aí hoje se arrasta como travesti. Também sou do tempo da “estância de madeira” e tornei-me sócio em 1954. Uma coisa que me ensinaram foi o respeito que há que ter para com um rival, como também para quem não tem as nossas ideias. O que hoje ressalta na tribo do futebol é apenas ódio e apenas isso. Face ao que hoje se presencia,gostaria de não mais por os pés num estádio, mas entendo que, tal como o cinema que só gosto de ver numa sala escura, o futebol só me satisfaz , faça chuva ou faça sol, no calor e no ambiente de um estádio. Hélas!!!....
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