Não sou grande entusiasta de Sidney Pollack, lamento dize-lo, embora deva ter visto mais de 80% da sua filmografia enquanto realizador. Acho que o último que vi foi “A Intérprete” um filme bem menor. Pollack pareceu-me sempre ser um daqueles realizadores à beira de qualquer coisa, um grande filme que acho nunca fez. Tem, contudo, uma obra escorreita, profissional, com uma qualidade média bem aceitável. Irrito-me, no entanto, quando o vejo citado quase exclusivamente como o cineasta de “Out of Africa” um filme com o qual eu particularmente antipatizo; um daqueles filmes que parecem ser propositadamente feitos para a posteridade, um repositório de lugares comuns de agrado certo: uma escritora consagrada (Karen Blixen), um par romântico com dois actores de prestígio indiscutível (embora eu confesse a minha particular embirração por Meryl Streep), a paisagem africana (o “feitiço” de África) , a reconstituição do ambiente aristocrático de uma época, um piscar de olhos ao feminismo então em voga e a paixão pelo caçador romântico. Está lá tudo!
Prefiro pois lembrar-me do Pollack de um dos seus primeiros filmes, injustamente esquecido nesta hora de homenagens póstumas: “This Property Is Condemned” (1966), que em Portugal tomou o nome de “A Flor À Beira do Pântano”. Talvez também de “They Shoot Horses”, embora à distância me possa parecer marcado pelo tempo (não o revejo há uns bons trinta anos). Talvez ainda, um pouco, de “Jeremiah Johnson”. Boa oportunidade para os rever, como homenagem a Pollack.
Prefiro pois lembrar-me do Pollack de um dos seus primeiros filmes, injustamente esquecido nesta hora de homenagens póstumas: “This Property Is Condemned” (1966), que em Portugal tomou o nome de “A Flor À Beira do Pântano”. Talvez também de “They Shoot Horses”, embora à distância me possa parecer marcado pelo tempo (não o revejo há uns bons trinta anos). Talvez ainda, um pouco, de “Jeremiah Johnson”. Boa oportunidade para os rever, como homenagem a Pollack.
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