Duas coisas a actual polémica sobre a Feira do Livro de Lisboa vem trazer à luz do dia. Em primeiro lugar, o modo como são concedidos os subsídios (ou patrocínios) por parte das entidades oficiais a determinado tipo de iniciativas ou realizações. De facto, tendo em atenção o que aqui afirmei e o actual formato da Feira do Livro, não me parece que a Câmara Municipal de Lisboa, ou seja, os munícipes onde me incluo, tirem algum benefício real e efectivo dessa participação camarária, mais parecendo que ela só continua a existir por hábito ou medo de qualquer reacção negativa por parte da APEL ou dos lobies a ela, directa ou indirectamente, associados. Quaisquer critérios de rigor, análise custo/benefício para os “alfacinhas” me parecem bem longe de estar a ser considerados na decisão camarária, que deveria de futuro ponderar de forma bem mais profissional as suas decisões neste e noutros casos similares. Principalmente, se tivermos em conta a actual situação financeira da CML, embora esta não deva ser a condicionante decisiva mas apenas situação agravante.
Em segundo lugar a completa impreparação do sector da edição livreira, que mais parece saído da idade da pedra da gestão empresarial, para lidar com a entrada no mercado da Leya, uma mega-empresa, para o sector, com ideias novas que parecem querer entrar em ruptura com o statu quo existente. Não conhecendo esse mesmo sector, e falando apenas como consumidor interessado, parece-me que a Leya estará a trazer para o mercado da edição a mudança que a FNAC, os supermercados, as feiras do livro usado e as mega lojas multimédia trouxeram para o sector da distribuição, assim contribuindo para uma aproximação nunca antes imaginada entre o livro e o leitor e respondendo, deste modo, às modificações da procura há muito em curso no mercado. Há quem não goste, claro, mas ouvir esses mesmos editores afirmar que o fazem em nome de “altos princípios” e do interesse do leitor, quando o que está em causa, tanto como no caso da Leya, é apenas o negócio – e negócio por negócio, a entrada no mercado da Leya só me parece positiva para o livro e o leitor – confesso que me dá volta ao estômago. Haja alguma decência, se não se importam...
Em segundo lugar a completa impreparação do sector da edição livreira, que mais parece saído da idade da pedra da gestão empresarial, para lidar com a entrada no mercado da Leya, uma mega-empresa, para o sector, com ideias novas que parecem querer entrar em ruptura com o statu quo existente. Não conhecendo esse mesmo sector, e falando apenas como consumidor interessado, parece-me que a Leya estará a trazer para o mercado da edição a mudança que a FNAC, os supermercados, as feiras do livro usado e as mega lojas multimédia trouxeram para o sector da distribuição, assim contribuindo para uma aproximação nunca antes imaginada entre o livro e o leitor e respondendo, deste modo, às modificações da procura há muito em curso no mercado. Há quem não goste, claro, mas ouvir esses mesmos editores afirmar que o fazem em nome de “altos princípios” e do interesse do leitor, quando o que está em causa, tanto como no caso da Leya, é apenas o negócio – e negócio por negócio, a entrada no mercado da Leya só me parece positiva para o livro e o leitor – confesso que me dá volta ao estômago. Haja alguma decência, se não se importam...
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