Embora a transferência da tutela da Polícia Judiciária do Ministério da Justiça para a Administração Interna pudesse ser um começo, um ponto de partida, no fundo tem razão Carlos Anjos, representante da Associação Sindical dos Funcionários de Investigação Criminal (ASFIC), ao afirmar que estando a PSP e a GNR sob a mesma tutela nem por isso a descoordenação entre elas deixou de existir. Tem razão porque o que deveria estar em causa, isso sim e de uma vez por todas, para pôr fim a essa descoordenação, seria a unificação de todas as polícias numa única polícia civil (em vez de continuarem a existir cidadãos de primeira e de segunda consoante vivam em áreas sob a jurisdição da PSP civil ou da GNR militar), com os seus diversos ramos especializados, constituindo a actual Judiciária o seu ramo de investigação criminal. Mas esta será, porventura, uma questão da qual o tradicional nacional-corporativismo fugirá a “sete pés” e sobre a qual Carlos Anjos, que em muitas ocasiões tem demonstrado uma dose de bom senso bem superior aos seus colegas de outras polícias, talvez nem sequer goste de ouvir falar. Direi que é pena.
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