Uma ou duas pequenas notas sobre esta afirmação de Jorge Coelho:
O que o país precisa não é, essencialmente, de infra-estruturas que suportem o seu desenvolvimento. Utilizando uma expressão muito popular: “para esse peditório andamos há muito a contribuir”. O que o país precisa é, isso sim, de um modelo de desenvolvimento equilibrado e sustentado que quebre de vez com o ciclo do betão e das exportações de baixo valor acrescentado produzidas por empresas de baixa produtividade e baseadas em mão de obra desqualificada e mal paga. Claro que este não é o modelo que mais convém à empresa onde Jorge Coelho exerce actualmente as funções de administrador (aqui para nós: far-lhe-ia bem um período de “nojo” mediático, um certo luto da palavra, embora todos saibamos ao que vai e o que a ambos – Jorge Coelho e Mota-Engil - move), e também, face á revisão em baixa do crescimento da economia portuguesa e às dificuldades que a crise internacional irá causar à expansão das exportações, aquele do qual o governo irá tirar maiores proveitos no curto prazo. Mas este é na realidade o drama: se não cresço não ganho eleições, para crescer e ganhar eleições nada como a velha receita. Pelo menos – secreta esperança – que o governo a saiba aplicar com alguma dose de bom senso e parcimónia quanto baste, à espera de melhores dias. É que é já pedir tão pouco...
O que o país precisa não é, essencialmente, de infra-estruturas que suportem o seu desenvolvimento. Utilizando uma expressão muito popular: “para esse peditório andamos há muito a contribuir”. O que o país precisa é, isso sim, de um modelo de desenvolvimento equilibrado e sustentado que quebre de vez com o ciclo do betão e das exportações de baixo valor acrescentado produzidas por empresas de baixa produtividade e baseadas em mão de obra desqualificada e mal paga. Claro que este não é o modelo que mais convém à empresa onde Jorge Coelho exerce actualmente as funções de administrador (aqui para nós: far-lhe-ia bem um período de “nojo” mediático, um certo luto da palavra, embora todos saibamos ao que vai e o que a ambos – Jorge Coelho e Mota-Engil - move), e também, face á revisão em baixa do crescimento da economia portuguesa e às dificuldades que a crise internacional irá causar à expansão das exportações, aquele do qual o governo irá tirar maiores proveitos no curto prazo. Mas este é na realidade o drama: se não cresço não ganho eleições, para crescer e ganhar eleições nada como a velha receita. Pelo menos – secreta esperança – que o governo a saiba aplicar com alguma dose de bom senso e parcimónia quanto baste, à espera de melhores dias. É que é já pedir tão pouco...
PS: já agora uma vista de olhos ao nome de outros dois participantes na conferência: Augusto Mateus e Fernando Nunes da Silva, dois dos "mentores" do projecto da "mega cidade aero-portuária". Nada mais a acrescentar...
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