sexta-feira, abril 04, 2008

Um 25 de Abril passadista

O 25 de Abril abriu o país ao futuro e ao progresso e, também na música, com uma ou outra excepção, consubstanciou aquilo que de mais moderno e progressivo se fazia então em Portugal. Espectáculos como este, comemorativo dos 25 anos da Associação 25 de Abril, são conservadorismo e passado e, hoje, quase nada os distingue dos Serões para Trabalhadores e das memórias do pior nacional-cançonetismo. Cuidadosamente a evitar.

Parafraseando o PCP, "não foi para isto que fizemos o 25 de Abril".

2 comentários:

ié-ié disse...

É uma opinião, que respeito. Estou de acordo que o espectáculo de ontem é um pouco passadiço, mas eu gosto deste passadiço.

O que mais contesto no espectáculo de ontem é a falta de ambição da RTP e/ou da Associação 25 de Abril que bem poderiam ter distribuído bilhetes pelas escolas, da um ar mais jovem à coisa.

Assim, o 25 de Abril (refiro-me à História com H grande) não chega a ninguém.

Quem estava na plateia são os mesmos do costume e isso não é o 25de Abril do futuro.

Também acho que cada regime tem o "Sarão Para Trabalhadores" que merece, mas eu prefiro de longe este ao da FNAT. Uff! Que Liberdade ao dizer isto!

LT

JC disse...

Claro, meu caro LT, exagerei de propósito, como aliás é costume, mas acha que este espectáculo diria alguma coisa aos jovens? Eu, cá por mim, acho que não (tenho filhos entre os 20 e os 30), mtº antes pelo contrário: fugiriam dele a sete pés tanto quanto nós fugíamos do nacional-cançonetismo e ignorávamos os bafientos "Serões para Trabalhadores" e o "Centro de Preparação de artistas da Rádio". Por isso, ainda bem que não distribuiram bilhetes pelas escolas... Seria contraproducente...
Abraço, obrigado pelo comentário e por aturar os meus lá pelo Ié-Ié.
JC