O Blasfémias retirou-me um dos temas do dia, ao falar da qualidade e do contraste com o tom redondo habitual (eu diria, com a retórica) que o discurso do Presidente da República introduziu na Sessão Solene comemorativa do 25 de Abril. Permito-me, contudo, acrescentar algo mais. Essa qualidade, esse arejamento, foi em grande parte trazido pela modernidade que representa a inclusão como elemento central desse discurso de um instrumento inexistente ou pouco divulgado antes do último terço do século XX e, em si mesmo, pelas vertentes de rigor e quantificação que ele introduz, contrastantes com a tradicional retórica novecentista que parece ser inerente à própria lógica da instituição parlamentar: a divulgação e análise dos resultados de um estudo de opinião.
Fica a faltar, agora, o que é mais importante e só parcialmente compete a Cavaco Silva: extraída desses resultados a conclusão, definir uma estratégia e planos de acção que permitam começar a inverter a lógica que lhe deu origem, objectivo que, por inverter toda uma filosofia em que assenta a actividade política em Portugal, me parece claramente condenado ao insucesso. É pena!
Fica a faltar, agora, o que é mais importante e só parcialmente compete a Cavaco Silva: extraída desses resultados a conclusão, definir uma estratégia e planos de acção que permitam começar a inverter a lógica que lhe deu origem, objectivo que, por inverter toda uma filosofia em que assenta a actividade política em Portugal, me parece claramente condenado ao insucesso. É pena!
Sem comentários:
Enviar um comentário