Como estamos em época de reposições - uma semana complicada a isso me obriga -, tal como acontecia no Verão com os cinemas quando eu ainda gozava os prazeres da adolescência, um post com especial actualidade, publicado em Outubro do ano passado, agora que se aproximam novas eleições no PSD. Já agora, e falando de cinema, o PSD parece definitivamente dedicado às sessões contínuas, com filmes "Série B" de 24 partes e 12 episódios, tipo cinema "piolho" do passado. Veremos se, no fim, o "rapaz" salva finalmente a pikena das garras dos bandidos...
O PSD e as suas "estrelas"
"Confesso que existe algo no PSD que me faz uma especial confusão e me causa estranheza: a especial predilecção do partido pela promoção a figuras de referência de “falhados” politicamente; daqueles que, na sua actividade enquanto governantes e independentemente das suas qualidades pessoais e profissionais, revelaram especial falta de sentido político ou falharam na consecução dos seus objectivos ou na obtenção de quaisquer resultados considerados relevantes. Querem exemplos? Tenho a maior consideração profissional por Manuela Ferreira Leite, enquanto economista. Penso, também, ser uma pessoa com qualidades pessoais acima de qualquer suspeita. No entanto, politicamente, não deixou marca enquanto ministra da educação e falhou rotundamente enquanto responsável pelas finanças, com certeza não por incompetência técnica mas por inabilidade política dela própria ou do governo a que pertencia. Há ainda o caso de Pedro Santana Lopes, elevado à categoria de estrela (ou pop star?) do partido e do congresso de Torres Vedras, abstendo-me eu, por pudor e por se revelarem desnecessários, de quaisquer comentários sobre os resultados políticos da sua gestão no governo de que foi primeiro-ministro e na C âmara de Lisboa.E se quiser ser politicamente incorrecto, não estando em causa o seu perfil enquanto cidadão (antes pelo contrário), podemos ainda falar de Francisco Sá Carneiro, fundador do partido e sua principal referência, ao lado do estrondoso falhanço da “ala liberal”, promotor (ou apoiante entusiasta) daquilo que ficou conhecido para a História como o “golpe” Palma Carlos (cuja derrota acabou por levar ao poder Vasco Gonçalves com os resultados que todos conhecemos) e promotor da iniciativa falhada de apresentar como candidato à Presidência da República, contra a reeleição de Eanes, um desconhecido general com perfil e imagem demasiado “à direita”. Não tenho uma explicação (talvez um dia pense no assunto), mas acho que os militantes do PSD têm aqui matéria para aturada reflexão - se é que isso lhes interessa."
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