Que a reforma do Serviço Nacional de Saúde se vendeu na “Praça da Canção” (“onde até se compra a guerra, onde a própria paz se vende”) é uma constatação. Que a reforma da administração pública é a saudade do que nunca existiu, tal qual a infância feliz que sempre habitou os nossos sonhos, ninguém disso tem quaisquer dúvidas. Que Maria de Lurdes Rodrigues está a transformar a avaliação dos professores num tromp d’oeil, não é pura e doce ilusão, e não vale a pena repetir o que outros já disseram.
Tudo isto é de facto um problema, mas o maior problema virá sempre quando se olha um pouco mais longe, mesmo que o governo e o PS se recusem fazê-lo.
Que quer isto dizer? Muito simples.
Tudo indica que o PS ganhará as eleições em 2009, e até o poderá vir a conseguir com maioria absoluta, talvez. Que autoridade e credibilidade terá, então, quando quiser voltar ás reformas, forçando uma política com algumas medidas impopulares, necessariamente? Diria que pouca ou nenhuma, infelizmente. Ou será, em alternativa, que as reformas eram não mais do que fogo-fátuo e está apenas à espera que uma mudança da conjuntura económica internacional e as faraónicas obras públicas previstas produzam, a prazo, um maior crescimento económico que tudo e nada resolva, por si? E que um eventual equilíbrio de déficit, entretanto conseguido (?), lhe permita alguma folga para uma política anti-cíclica, se e quando julgar necessário?
Se calhar não pensou em nada disto, e quer apenas ganhar eleições. Tanto pior para todos, claro.
Tudo isto é de facto um problema, mas o maior problema virá sempre quando se olha um pouco mais longe, mesmo que o governo e o PS se recusem fazê-lo.
Que quer isto dizer? Muito simples.
Tudo indica que o PS ganhará as eleições em 2009, e até o poderá vir a conseguir com maioria absoluta, talvez. Que autoridade e credibilidade terá, então, quando quiser voltar ás reformas, forçando uma política com algumas medidas impopulares, necessariamente? Diria que pouca ou nenhuma, infelizmente. Ou será, em alternativa, que as reformas eram não mais do que fogo-fátuo e está apenas à espera que uma mudança da conjuntura económica internacional e as faraónicas obras públicas previstas produzam, a prazo, um maior crescimento económico que tudo e nada resolva, por si? E que um eventual equilíbrio de déficit, entretanto conseguido (?), lhe permita alguma folga para uma política anti-cíclica, se e quando julgar necessário?
Se calhar não pensou em nada disto, e quer apenas ganhar eleições. Tanto pior para todos, claro.
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