Sim, eu sei que coisas destas já não me deveriam espantar, se é que ainda me é concedida a graça de admitir que algo, ao cimo da terra, possa conter em si mesmo essa capacidade. Mas acho que ontem fiquei a dever essa benção ao deputado Diogo Feio, do CDS, o que não me espantará assim tanto dada a respectiva concessão se ficar a dever a um partido confessional, por definição, para essas questões mais vocacionado. Mas vamos ao que interessa, as coisas terrenas, e deixemos graças e bençãos para quem direito.
Pois ontem, em zapping pelos vários telejornais, lá dei com o deputado Diogo Feio, presidente do grupo parlamentar do CDS e, até (eu acho), um bom deputado, a afirmar (cito de cor) “que era inacreditável como é que o governo conseguia a “rara habilidade” (as palavras não serão exactamente estas mas era este o espírito – peço desde já desculpa a Diogo Feio pela liberdade tomada) de com um crescimento de 1.9% ver o desemprego continuar aumentar ou não decrescer”. Pois eu sei quão ténue é a linha que separa a retórica parlamentar da demagogia mais rasteira, e o CDS conhece essa linha melhor do que muitos, mas há limites para tudo e, como já disse, até para a capacidade de não me conseguir espantar, já que para a indignação, para essa, já me sobra mesmo pouca “capacidade instalada”. É que Diogo Feio – friso, que até tem sido um bom e atento deputado e, embora não sendo economista, tem formação nesta área – deveria saber que isso, esse crescimento, embora ténue, acompanhado por um menor crescimento, estagnação ou até diminuição do emprego, é, pelo contrário, um bom sintoma de comportamento saudável da economia portuguesa, significando que o tecido empresarial, a sua estrutura, devagar, lá se vai reconvertendo, em favor de empresas apresentando maior produtividade, mais competitivas e produzindo produtos de maior valor acrescentado, muitas delas em outros sectores de actividade onde a informação a tecnologia e a inovação são essenciais. Claro que Diogo Feio, apesar de licenciado em Direito, sabe isso perfeitamente, mas deixou-se vencer pela demagogia mais rasteira, pela intervenção fácil. É pena, porque, como já disse, até tem demonstrado ser um bom deputado e um adequado líder parlamentar, e o CDS tem colocado ao governo algumas questões pertinentes. Como se prova, não direi no melhor pano, mas a um pano de qualidade razoável também acontecem por vezes desgraças de ocasião.
Pois ontem, em zapping pelos vários telejornais, lá dei com o deputado Diogo Feio, presidente do grupo parlamentar do CDS e, até (eu acho), um bom deputado, a afirmar (cito de cor) “que era inacreditável como é que o governo conseguia a “rara habilidade” (as palavras não serão exactamente estas mas era este o espírito – peço desde já desculpa a Diogo Feio pela liberdade tomada) de com um crescimento de 1.9% ver o desemprego continuar aumentar ou não decrescer”. Pois eu sei quão ténue é a linha que separa a retórica parlamentar da demagogia mais rasteira, e o CDS conhece essa linha melhor do que muitos, mas há limites para tudo e, como já disse, até para a capacidade de não me conseguir espantar, já que para a indignação, para essa, já me sobra mesmo pouca “capacidade instalada”. É que Diogo Feio – friso, que até tem sido um bom e atento deputado e, embora não sendo economista, tem formação nesta área – deveria saber que isso, esse crescimento, embora ténue, acompanhado por um menor crescimento, estagnação ou até diminuição do emprego, é, pelo contrário, um bom sintoma de comportamento saudável da economia portuguesa, significando que o tecido empresarial, a sua estrutura, devagar, lá se vai reconvertendo, em favor de empresas apresentando maior produtividade, mais competitivas e produzindo produtos de maior valor acrescentado, muitas delas em outros sectores de actividade onde a informação a tecnologia e a inovação são essenciais. Claro que Diogo Feio, apesar de licenciado em Direito, sabe isso perfeitamente, mas deixou-se vencer pela demagogia mais rasteira, pela intervenção fácil. É pena, porque, como já disse, até tem demonstrado ser um bom deputado e um adequado líder parlamentar, e o CDS tem colocado ao governo algumas questões pertinentes. Como se prova, não direi no melhor pano, mas a um pano de qualidade razoável também acontecem por vezes desgraças de ocasião.
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