sábado, fevereiro 02, 2008

Sarkozy s'est marié

Houve tempos ("there was a time") em que príncipes (normalmente de principados perdidos) e playboys de segunda ou sabe-se lá de que escolha, latinos ou não quanto baste, protegidos de ditadores, gentlemen drivers de ocasião, casavam ou mantinham affaires, quando não apenas de cama, de diamantes e pérolas, com artistas de cinema e coristas, pin ups e aspirantes a divas, caça fortunas de ocasião. Parece que a moda passou para presidentes eleitos, mas também agora as coristas, travestidas de “modelos”, passaram a ter algum pedigree.

Não sei muito bem – ainda - o que isto quer dizer, e o fim de semana não é lá muito propício a elucubrações filosóficas. Mas há algo aqui de que não gosto, que me cheira a pechisbeque de ocasião, a demasiada futilidade assumida, muito Dom Perignon borbulhante por quem assumiu o lugar por uma escolha, nossa, e não por sucessão de uma qualquer dinastia, ou designação caudilhista. Por quem governa a França e não uma qualquer Bordúria ignota, representa um pouco da Europa e não uma qualquer San Théodorus.

Pois, há algo aqui que me escapa... e não será certamente o amor.

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