Logicamente - como diria o treinador Paulo Bento – que depois da demissão de Correia de Campos o principal alvo da contestação popular ao governo passaria a ser a ministra Maria de Lurdes Rodrigues, sob esse ponto de vista o seu elo mais fraco. No entanto, e ao contrário da contestação ao ex-ministro da saúde que parecia partir de bases locais cuja identificação partidária não era, à partida, muito evidente (assim uma espécie de Maria da Fonte conjugando, em unidade contra-natura, os Setembristas” e “Miguelistas” do nosso tempo – Sócrates faz o papel dos “Cabrais”), a Ministra da Educação sempre esteve sob o fogo dos sindicatos, o que contribui para marcar uma clara diferença de conteúdos entre os dois modelos de contestação. É em função deste cenário que assistimos à convocação, este fim de semana, de uma “manif.” de professores por SMS e correio electrónico, tentando a FENPROF, dessa forma, retirar-lhe a carga sindical e partidária que até aqui tem sido o seu timbre e, assim, construir para essa mesma contestação uma imagem de credibilidade acrescida. Pois é, os preços da ingenuidade e da inocência andam mesmo pelas ruas da amargura.
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