Duas notas breves de um início de noite de sexta-feira.
- É lugar comum afirmar-se que o poder das corporações constitui talvez a maior dificuldade à autoridade do estado, à capacidade deste para implementar as suas políticas quando os interesses dessas corporações são postos em causa, quando se tenta desenvolver uma política de reformas. O problema é vermos o governo e os partidos políticos reagirem, e agirem, tal qual corporações quando questionados no seu funcionamento, na sua lógica interna e nos interesses que prosseguem.
- Só pode ser novidade para os menos atentos, porque as suas ideias são públicas há já alguns anos, mas Henrique Neto, que não é um político profissional mas um empresário que também é político, emerge como a única oposição consequente, “de projecto”, dentro do PS, ao actual governo e ao actual partido. Também ao modelo de desenvolvimento dominante no bloco central. É sempre, ou tem sido sempre, interessante ouvi-lo: em nome das ideias, da política e da inteligência.
Sem comentários:
Enviar um comentário