domingo, fevereiro 24, 2008

Uma nota s/ Vasco Pulido Valente e outra s/ o Kosovo

  1. Aquilo que Vasco Pulido Valente escreve aos fins de semana, no “Público”, é comentário político ou apenas um exercício de maledicência? Bem escrito, claro, aqui e ali até com graça, mas algo mais do que um puro e simples exercício da tão portuguesa maledicência?

  2. Entalado entre um reconhecimento já assumido pelos USA e pelos Estados mais importantes da União e a decisão de não reconhecimento da Espanha, aqui mesmo ao lado, a atitude de Portugal face à independência do Kosovo faz lembrar a de um adolescente que tem de dizer ao pai que teve uma negativa: vai ganhando tempo esperando pela ocasião mais propícia ou pela “grande ideia” que o salve das piores consequências. Muito sinceramente, também não consigo vislumbrar alternativa, até porque se não estou tão certo como Pacheco Pereira de que um desmembramento da Espanha possa trazer sérias consequências negativas para Portugal, tenho pelo menos algumas convicções de que, na dúvida e perante a instabilidade que uma situação desse tipo poderia criar no curto prazo, talvez seja mesmo bem melhor jogar no statu quo. Coração á parte, claro, apesar de filho de natural de Castela!

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