Não tenho, face à sociedade portuguesa ou qualquer outra, qualquer posição partidária apriorística; defendo valores, ideias e ideais, opções ideológicas, políticas ou sociais. Por maioria de razões não a tenho para Lisboa, já que a nível local essas opções partidárias, mesmo para quem as tem, se apresentam sempre mais esbatidas. “Alfacinha”, não sou dos que consideram a minha cidade das mais bonitas do mundo, longe disso e tanto pior para mim, mas gostava de me rever mais na cidade onde nasci e vivo.
Having said this, considero uma excelente notícia a provável candidatura de António Costa à Câmara Municipal de Lisboa. Defendi, em post anterior, que nas actuais circunstâncias só uma candidatura polarizada pelo Partido Socialista, sozinho ou em coligação, poderia constituir uma alternativa á desastrosa gestão camarária dos últimos anos. Para ser mais correcto, de todos os anos em que me lembro de existir, pois o menos mau dos presidentes de Câmara (João Soares) foi apenas isso mesmo: menos mau, logo, medíocre. Mais, no mesmo post afirmei também essa teria de ser uma candidatura politicamente forte, de alguém com “peso” específico dentro do partido e com experiência política comprovada. Só essa experiência e peso políticos lhe poderiam permitir definir opções de forma clara, e assumir alguma autonomia na gestão de toda a rede de interesses ligados à Câmara Municipal e que se expressa através dos aparelhos locais: concelhias, distritais, etc. E digo “autonomia na gestão de...”, já que me parece perfeitamente suicidário e erro de principiante ignorar completamente esses interesses ou afrontá-los e afastá-los de modo directo e liminar. Toda a gestão é também isso mesmo: uma gestão de expectativas, interesses e ambições. Só isso permite que se alcancem resultados. Um dos erros de Carmona Rodrigues terá sido, eventualmente, esse: a sua inexperiência e /ou falta de apoio políticos esteve na origem do seu déficit de autonomia na gestão desses interesses, tendo acabado seu refém. Eis uma das razões porque me parece, nas actuais circunstâncias, ser de afastar a opção por um “independente”.
No entanto, não tendo da política uma visão fulanizada, este será apenas um primeiro passo. Há que estar atento á constituição da lista a apresentar (com autonomia face à concelhia e à antiga vereação de triste memória) e àquilo a que António Costa se propõe. Esperemos que resista á apresentação de um programa irrealista e megalómano, e se cinja àquilo que os “alfacinhas” efectivamente esperam neste momento: racionalização dos recursos (incluindo os recursos humanos), reorganização de serviços, saneamento financeiro e apresentação de um conjunto de medidas, simples mas eficazes, realizáveis rapidamente e com poucos meios, que permitam, a curto prazo, tornar um pouco mais agradável a vida em Lisboa. Ah, já agora, e depois de eleito que chame a colaborar com a Câmara aquela que foi a sua melhor vereadora dos últimos anos: Mª José Nogueira Pinto.
Having said this, considero uma excelente notícia a provável candidatura de António Costa à Câmara Municipal de Lisboa. Defendi, em post anterior, que nas actuais circunstâncias só uma candidatura polarizada pelo Partido Socialista, sozinho ou em coligação, poderia constituir uma alternativa á desastrosa gestão camarária dos últimos anos. Para ser mais correcto, de todos os anos em que me lembro de existir, pois o menos mau dos presidentes de Câmara (João Soares) foi apenas isso mesmo: menos mau, logo, medíocre. Mais, no mesmo post afirmei também essa teria de ser uma candidatura politicamente forte, de alguém com “peso” específico dentro do partido e com experiência política comprovada. Só essa experiência e peso políticos lhe poderiam permitir definir opções de forma clara, e assumir alguma autonomia na gestão de toda a rede de interesses ligados à Câmara Municipal e que se expressa através dos aparelhos locais: concelhias, distritais, etc. E digo “autonomia na gestão de...”, já que me parece perfeitamente suicidário e erro de principiante ignorar completamente esses interesses ou afrontá-los e afastá-los de modo directo e liminar. Toda a gestão é também isso mesmo: uma gestão de expectativas, interesses e ambições. Só isso permite que se alcancem resultados. Um dos erros de Carmona Rodrigues terá sido, eventualmente, esse: a sua inexperiência e /ou falta de apoio políticos esteve na origem do seu déficit de autonomia na gestão desses interesses, tendo acabado seu refém. Eis uma das razões porque me parece, nas actuais circunstâncias, ser de afastar a opção por um “independente”.
No entanto, não tendo da política uma visão fulanizada, este será apenas um primeiro passo. Há que estar atento á constituição da lista a apresentar (com autonomia face à concelhia e à antiga vereação de triste memória) e àquilo a que António Costa se propõe. Esperemos que resista á apresentação de um programa irrealista e megalómano, e se cinja àquilo que os “alfacinhas” efectivamente esperam neste momento: racionalização dos recursos (incluindo os recursos humanos), reorganização de serviços, saneamento financeiro e apresentação de um conjunto de medidas, simples mas eficazes, realizáveis rapidamente e com poucos meios, que permitam, a curto prazo, tornar um pouco mais agradável a vida em Lisboa. Ah, já agora, e depois de eleito que chame a colaborar com a Câmara aquela que foi a sua melhor vereadora dos últimos anos: Mª José Nogueira Pinto.
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