
Dizer que Lisboa precisa de uma estratégia (que actualmente não tem) coerente com o que queremos a cidade seja daqui a 20, 30 ou 50 anos não é nada de novo, claro. Pode mesmo passar por banalidade. E precisa de incluir nessa estratégia uma reorganização administrativa que acabe com as “não sei quantas freguesias” (algumas com poucas centenas de habitantes) e as substitua por uma dúzia de unidades territoriais homogéneas dotadas de maior autonomia e capacidade de acção e decisão (e responsabilidade, também). Mas também precisa, no curto prazo, de saber resolver os seus pequenos problemas do “dia a dia”, desde as armadilhas em que os passeios se transformaram, aos “cócós” de cão espalhados a esmo. Passando, também, pelos “ecopontos” transformados em lixeiras, os gatos vadios, a necessidade de recolha de lixo “separado” porta a porta, o estacionamento a esmo e por aí fora - posso apresentar uma lista completa. Quem não for capaz de resolver estes, e outros, pequenos problemas decerto não conseguirá resolver os mais graves, a exigir outro fôlego, outro prazo e uma situação financeira mais folgada. No curto prazo, Lisboa precisa, pois, de dignidade; a exigida à capital e maior cidade do país, mas que não é mais – e não nos esqueçamos disso – do que a 5ª ou 6ª do espaço ibérico.
Eleições? Sim, claro, mas apenas se o maior partido da actual oposição camarária souber construir, em conjunto ou isoladamente, uma alternativa credível e com condições para se tornar duradoura, dentro dos parâmetros acima descritos. Caso contrário... Estará o PS disposto a isso? Nessas condições, dificilmente arriscará uma derrota.
1 comentário:
__ oh - homem - você é "infeliz" de várias maneiras: por causa do seu trisavô tem o azar de ser português, por isso, vive cá exilado (porque quer - todos os dias partem comboios para Paris, aviões para Cuba e acima de tudo para o Iraque ou Irão)e ainda por cima é alfacinha e, pelos vistos de esquerda.
Só tem uma solução: mate-se!
Enviar um comentário