Pois mal ficaria eu se, “alfacinha de gema” filho e neto de “alfacinhas” no meu lado português, nascido em Stª Isabel (onde actualmente vivo), nada dissesse sobre a crise da minha cidade. A primeira coisa a constatar é que Lisboa tem tido azar, ou que os seus habitantes têm escolhido mal entre as, infelizmente não muito brilhantes, alternativas que lhes têm sido propostas. Do mal o menos, e falta de originalidade à parte, terá sido a vereação de João Soares a que mais se aproximou da nota positiva. Confesso que a personagem não me é demasiado simpática, mas quem vê caras não vê corações e... politique d’abord. Exactamente por isto, outra constatação, é que um município com a importância de Lisboa tem de ser dirigido por um político experiente e com peso na respectiva área partidária e no Estado, não por um independente “fazedor” ou alguém que se tenta fazer passar por isso. Espero que os “alfacinhas” o tenham finalmente entendido e, antes deles, os respectivos aparelhos partidários, já que bem podemos agradecer também ao último candidato apresentado pelo PS e à má preparação das duas últimas campanhas o caos entretanto instalado. Lisboa precisa de políticos bem preparados e empenhados, consistentes, e os bons exemplos de Mª José Nogueira Pinto e Rúben Carvalho aí estão para o provar.
Dizer que Lisboa precisa de uma estratégia (que actualmente não tem) coerente com o que queremos a cidade seja daqui a 20, 30 ou 50 anos não é nada de novo, claro. Pode mesmo passar por banalidade. E precisa de incluir nessa estratégia uma reorganização administrativa que acabe com as “não sei quantas freguesias” (algumas com poucas centenas de habitantes) e as substitua por uma dúzia de unidades territoriais homogéneas dotadas de maior autonomia e capacidade de acção e decisão (e responsabilidade, também). Mas também precisa, no curto prazo, de saber resolver os seus pequenos problemas do “dia a dia”, desde as armadilhas em que os passeios se transformaram, aos “cócós” de cão espalhados a esmo. Passando, também, pelos “ecopontos” transformados em lixeiras, os gatos vadios, a necessidade de recolha de lixo “separado” porta a porta, o estacionamento a esmo e por aí fora - posso apresentar uma lista completa. Quem não for capaz de resolver estes, e outros, pequenos problemas decerto não conseguirá resolver os mais graves, a exigir outro fôlego, outro prazo e uma situação financeira mais folgada. No curto prazo, Lisboa precisa, pois, de dignidade; a exigida à capital e maior cidade do país, mas que não é mais – e não nos esqueçamos disso – do que a 5ª ou 6ª do espaço ibérico.
Eleições? Sim, claro, mas apenas se o maior partido da actual oposição camarária souber construir, em conjunto ou isoladamente, uma alternativa credível e com condições para se tornar duradoura, dentro dos parâmetros acima descritos. Caso contrário... Estará o PS disposto a isso? Nessas condições, dificilmente arriscará uma derrota.
Dizer que Lisboa precisa de uma estratégia (que actualmente não tem) coerente com o que queremos a cidade seja daqui a 20, 30 ou 50 anos não é nada de novo, claro. Pode mesmo passar por banalidade. E precisa de incluir nessa estratégia uma reorganização administrativa que acabe com as “não sei quantas freguesias” (algumas com poucas centenas de habitantes) e as substitua por uma dúzia de unidades territoriais homogéneas dotadas de maior autonomia e capacidade de acção e decisão (e responsabilidade, também). Mas também precisa, no curto prazo, de saber resolver os seus pequenos problemas do “dia a dia”, desde as armadilhas em que os passeios se transformaram, aos “cócós” de cão espalhados a esmo. Passando, também, pelos “ecopontos” transformados em lixeiras, os gatos vadios, a necessidade de recolha de lixo “separado” porta a porta, o estacionamento a esmo e por aí fora - posso apresentar uma lista completa. Quem não for capaz de resolver estes, e outros, pequenos problemas decerto não conseguirá resolver os mais graves, a exigir outro fôlego, outro prazo e uma situação financeira mais folgada. No curto prazo, Lisboa precisa, pois, de dignidade; a exigida à capital e maior cidade do país, mas que não é mais – e não nos esqueçamos disso – do que a 5ª ou 6ª do espaço ibérico.
Eleições? Sim, claro, mas apenas se o maior partido da actual oposição camarária souber construir, em conjunto ou isoladamente, uma alternativa credível e com condições para se tornar duradoura, dentro dos parâmetros acima descritos. Caso contrário... Estará o PS disposto a isso? Nessas condições, dificilmente arriscará uma derrota.
1 comentário:
__ oh - homem - você é "infeliz" de várias maneiras: por causa do seu trisavô tem o azar de ser português, por isso, vive cá exilado (porque quer - todos os dias partem comboios para Paris, aviões para Cuba e acima de tudo para o Iraque ou Irão)e ainda por cima é alfacinha e, pelos vistos de esquerda.
Só tem uma solução: mate-se!
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