Para que não restem dúvidas: quando, neste post, me referi ao naufrágio da Nazaré, dois esclarecimentos:
- Não posso afirmar não ter havido atrasos e ineficiências no salvamento, mas apenas manifestei a minha estranheza por não ver ou ver escassamente referidas e analisadas as causas primeiras do naufrágio e da posterior morte, seja, o facto de pescarem em zona proibida e perigosa - demasiado perto da praia - e não usarem colete salva-vidas.
- Quando estranhei o facto de estando o salvamento e socorro a acidentes no mar a cargo das forças militares (Marinha e Força Aérea) não o estarem em terra (Exército), obviamente estava a ser irónico, pois não entendo a razão de serem a Marinha e a FA a encarregarem-se do assunto no mar e não as mesmas entidades que o fazem em terra uma vez apetrechadas com os meios específicos e necessários para o efeito. Aliás, este é um dos problemas, em Portugal (demasiadas entidades a tratarem, no fundo, de assuntos idênticos na mesma área geográfica ou em áreas diferentes), que dá origem a enormes confusões e faltas de coordenação, como acontece, por exemplo, com as forças responsáveis pelo trabalho de policiamento e investigação. Já uma vez mencionei aqui a questão da GNR, PSP, Polícia Judiciária e etc. Muito a propósito, lembro-me agora do facto de ser a Polícia Marítima (o “Cabo do Mar” que no tempo dos meus pais e avós velava pela decência dos fatos de banho) a responsável pelo policiamento nas praias... Que sentido faz? Acho que nenhum...
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