Os nossos comentadores desportivos (a maioria, entenda-se) esfalfavam-se por ver qualquer português na final da Champions League, quer fosse Cristiano Ronaldo e Carlos Queiroz (o adjunto de Alex Ferguson) ou Mourinho e o batalhão de portugueses do Chelsea. Então a perspectiva de ter portugueses dos dois lados (leia-se: nas duas equipas), e muitos, se possível, seria como que um orgasmo que os deixaria à beira do prazer absoluto. A coisa deu para o torto: não haverá nenhum e é vê-los a carpir mágoas. Mais, em vez disso teremos um batalhão de espanhóis, de um lado, mas como teremos do outro alguns brasileiros (Dida, Kaká, Cafu) talvez a coisa, para os ditos comentadores sempre de amores tão fáceis para com “os nossos irmãos brasileiros” (sic), se componha um pouco mais e lá acabem por dizer que a final da Champions (ou o campeão, se for o Milan) também falará português. Com um pequeno senão: um deles, Kaká, será talvez o único brasileiro que os nossos queridos comentadores não gostariam de ver por lá a jogar, já que, por via disso, retirará, muito provavelmente, o título de melhor jogador do mundo ao “nosso” (eles costumam dizer assim) Cristiano Ronaldo. Aposto farão figas para que jogue mal e o Milan perca a taça! Entretanto, já descobriram que estará um português na final da Taça UEFA (um tal obscuro Duda, suplente do Sevilha) e já encheram de novo as suas páginas e sites com este prémio de consolação...
Pois é, o patriotismo é muitas vezes ridículo. O “patrioteirismo”, esse, faz o pleno.
Pois é, o patriotismo é muitas vezes ridículo. O “patrioteirismo”, esse, faz o pleno.
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