Tenho por hábito mencionar a política proibicionista e a estratégia global de luta contra a droga como arquétipo do fracasso: apesar dos milhões e energia gastos, os resultados são decepcionantes. Costumo dizer que se existisse apenas uma entidade responsável e essa fosse uma empresa privada, há muito os accionistas teriam demitido os executivos ou forçado a uma alteração de estratégia.
O mesmo me apetece dizer actualmente do PSD: após dois anos de oposição, todas as sondagens revelam que a popularidade de José Sócrates não foi significativamente afectada e o PS continua a poder aspirar a uma nova maioria absoluta. Isto, apesar da necessidade do governo prosseguir uma política de contenção e retracção de regalias sociais em vários sectores, das manifestações de rua, do desemprego em alta e dos tiros no pé do primeiro ministro, como é o caso da questão da licenciatura e das gafes do ministro Pinho, por exemplo. Nem mesmo assumindo um papel de relevo na contestação a um projecto impopular (e com razão) para a maioria dos eleitores, como é o caso do novo mega-aeroporto de Lisboa, o PSD conseguiu alterar as intenções de voto dos portugueses, talvez porque em vez de propor uma alternativa clara, em termos de modelo de desenvolvimento e de infra-estruturas aeroportuárias (mas não só), acabou por se limitar a colocar em cima da mesa a questão da sua localização. Talvez também porque os portugueses identifiquem ainda demasiado o PSD como o partido das obras públicas e isso o torne menos credível como portador de um projecto alternativo.
Será pois altura de os accionistas do PSD (os seus filiados e militantes) colocarem em causa, mais do que a fulanização da liderança, a estratégia e projecto até aqui assumidos, já que estes parecem não ir ao encontro das expectativas dos eleitores ou eles não julguem credível a equipa que se propões executá-los. Pelo menos, apesar dos investimentos realizados a quota de mercado ganha é quase nula, por vezes mesmo negativa. Numa empresa privada seria altura para interrogar o mercado e, em função dos resultados obtidos, redefinir a estratégia, os seus executores e o portfolio de produtos e marcas, o que iria também obrigar o leader (PS) a ser melhor e, com ele, todo o sector de “negócio”. Os consumidores/eleitores, entre os quais me incluo, certamente agradeceriam.
O mesmo me apetece dizer actualmente do PSD: após dois anos de oposição, todas as sondagens revelam que a popularidade de José Sócrates não foi significativamente afectada e o PS continua a poder aspirar a uma nova maioria absoluta. Isto, apesar da necessidade do governo prosseguir uma política de contenção e retracção de regalias sociais em vários sectores, das manifestações de rua, do desemprego em alta e dos tiros no pé do primeiro ministro, como é o caso da questão da licenciatura e das gafes do ministro Pinho, por exemplo. Nem mesmo assumindo um papel de relevo na contestação a um projecto impopular (e com razão) para a maioria dos eleitores, como é o caso do novo mega-aeroporto de Lisboa, o PSD conseguiu alterar as intenções de voto dos portugueses, talvez porque em vez de propor uma alternativa clara, em termos de modelo de desenvolvimento e de infra-estruturas aeroportuárias (mas não só), acabou por se limitar a colocar em cima da mesa a questão da sua localização. Talvez também porque os portugueses identifiquem ainda demasiado o PSD como o partido das obras públicas e isso o torne menos credível como portador de um projecto alternativo.
Será pois altura de os accionistas do PSD (os seus filiados e militantes) colocarem em causa, mais do que a fulanização da liderança, a estratégia e projecto até aqui assumidos, já que estes parecem não ir ao encontro das expectativas dos eleitores ou eles não julguem credível a equipa que se propões executá-los. Pelo menos, apesar dos investimentos realizados a quota de mercado ganha é quase nula, por vezes mesmo negativa. Numa empresa privada seria altura para interrogar o mercado e, em função dos resultados obtidos, redefinir a estratégia, os seus executores e o portfolio de produtos e marcas, o que iria também obrigar o leader (PS) a ser melhor e, com ele, todo o sector de “negócio”. Os consumidores/eleitores, entre os quais me incluo, certamente agradeceriam.
Sem comentários:
Enviar um comentário