Para ser honesto: não vi o filme e também penso não ser nada de especialmente recomendável. Mais parece ser algo a aproveitar a moda do momento do que qualquer coisa que valha realmente a pena. Pelo cast, fica-se por nomes marginais do r&r, a meio caminho (muito menos do que isso) entre o music-hall e o verdadeiro rock. Mas – há sempre um mas – é um pretexto para incluir os Platters, uma vez que acabo de ler no DN a notícia da morte de Zola Taylor (69 anos), o único elemento feminino do grupo de Buck Ram, manager e autor da maior parte dos temas. Zola pretendia ser viúva de Frankie Lymon (de Frankie Lymon and the Teenagers, um grupo Doo Wop), o que nunca veio a ser provado, e era irmã de Cornellius Gunter, dos Coasters. Não terei os Platters em grande conta – lá isso é verdade – mais um “número” de night club do que um grupo Doo Wop (movimento onde, com algum esforço, o poderíamos incluir). Por isso mesmo, não o integrei nos posts de "História(s) da Música Popular" dedicados ao género. Mas o seu êxito e popularidade, também em Portugal (lembro-me que tocavam constantemente nas festas de adolescência dos primos mais velhos), justificam que aqui os lembre sem demasiados problemas de consciência. Quanto ao filme, se quiser ver os Platters no cinema opte por “The Girl Can’t Help It”, de Frank Tashlin, com Jane Mansfield no seu auge. Por aqui passará, fica prometido. Por ora aqui fica “The Great Pretender”, com a curiosidade do apresentador ser Alan Freed, mais tarde envolvido no célebre escândalo “Payola” de que já falei em “História(s) da Música Popular” e que tanto contribuiu para a época de declínio do rock. Quanto a Zola, não cantava lá muito, mas era “bonitinha” quanto baste.
Sem comentários:
Enviar um comentário