sexta-feira, março 23, 2007

Michelle Brito

Segundo o “Público”, existem pressões para que Michelle Brito, que parece ser a primeira portuguesa candidata séria a um lugar na elite do circuito mundial de ténis (apesar do “patrioteirismo” habitual nestas coisas por parte dos “media”), se naturalize americana, o que, parece, facilitaria o apoio das empresas. Ora aqui está uma boa oportunidade para algumas empresas portuguesas, mormente aquelas, como a PT e o BES, que são de há muito patrocinadoras do Estoril Open, mostrarem que o “sponsorship” não serve só para ajudar alguns amigos em maiores ou menores dificuldades e pode – e deve – ser encarado com profissionalismo e numa perspectiva séria de longo prazo. Mais a mais tratando-se de um desporto com cada vez maior projecção mediática, principalmente no feminino.

2 comentários:

Anónimo disse...

A PT e o BES não são a Santa Casa da Misericórdia, e escolhem o destino das suas verbas para patrocínios numa análise pura de retorno do investimento. Parece-me que patrocinar uma tenista (desporto que muito pouco diz aos portugueses) se revelaria totalmente desastroso no momento de recolher os rendimentos desse investimento. Não que não fosse extraordinário apoiar um português a fazer boa figura lá fora, mas aí estaríamos a falar de mecenato e não patrocínio. E mais uma vez, parece-me que os fundos para mecenato dessas duas empresas poderão encontrar melhores finalidades.

JC disse...

Caro(a)hcam:
Lamento discordar de si, embora, enquanto elemento exterior ao BES e PT,não esteja dentro das estratégias de ambos os grupos e apenas o possa analisar enquanto cidadão interessado e atento. E discordo porque ambos já patrocinam ténis (o Estoril Open, ainda por cima o maior evento nacional da modalidade), por isso terão definido que do patrocínio desse desporto poderão obter o retorno compensador de que v. fala. Assim sendo, mais compensador seria patrocinar uma jogadora que poderá, dentro de poucos anos, vir a ser uma figura nacional e, principalmente, internacional da modalidade, assim potenciando o investimento já existente. É óbvio que, hoje em dia, o ténis é, em Portugal, um desporto ainda sem grande repercussão mediática, mas isso mudaria quando estivessemos na presença de uma figura portuguesa de topo na modalidade. Veja o que aconteceu com a própria Michelle nestes últimos dias (basta ver os jornais - foto de 1ª página no "Público") e com a repercussão mediática do apuramento da selecção de rugby para o mundial. Certo?
Cumprimentos e volte sempre.
JC