Por muito que temas como as votações em Salazar e Cunhal num concurso/passatempo da RTP, as dissidências e o modo de eleição do líder no CDS/PP (ou será só CDS? ou será só PP?), a localização da “cidade aeroportuária da Ota” (ou de Rio Frio? ou do Poceirão?), o escândalo da Universidade (?) Independente e a licenciatura do 1º ministro ou a carta de condução do Mantorras possam ocupar espaço e tempos infidáveis na comunicação social e na política-espectáculo, as questões essenciais na sociedade portuguesa continuam – e continuarão a ser – as seguintes:
- A do modelo de desenvolvimento, o que coloca obviamente a questão das grandes obras públicas e, logo, do tipo de aeroporto e rede ferroviária que irão ser construídos.
- A da consolidação das contas públicas.
- A da reforma (a sério) da Administração Pública, incluindo, também, a da divisão administrativa do território.
- A das reformas do serviço nacional de saúde e da segurança social, que permitam melhorar a sua eficácia e viabilizá-los de forma sustentada.
- A da melhoria do sistema de ensino público e da qualificação dos portugueses, que passa necessariamente por uma maior autonomia das escolas na contratação dos seus quadros docentes quebrando o círculo vicioso do confronto ministério/sindicatos.
- A da modernização de Portugal nas questões “ditas” de sociedade, aproximando as leis e práticas vigentes das dos países mais desenvolvidos.
É pois aqui, nestas questões, que se deve fundamentalmente centrar o escrutínio dos media e dos cidadãos.
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