quarta-feira, dezembro 27, 2006

Miguel Sousa Tavares e o FCP

Depois de ler o artigo de Miguel Sousa Tavares hoje em “A Bola” (só "linkável" amanhã), dei por mim a interrogar-me, uma vez mais, sobre qual seria o motivo que levaria alguém indiscutivelmente inteligente e com uma imagem e prática de independência e isenção, como MST, a ser tão faccioso e demagógico em tudo o que ao FCP diz respeito. A resposta só pode ser uma: exibicionismo. Puro e simples exibicionismo. Um exibicionismo sem risco, porque escudado nessa mesma inteligência e isenção que é seu timbre e imagem - e até no seu êxito enquanto escritor - e ainda mais “exibicionista” porque marcado por um “corte” radical (apetecia-me dizer epistemológico) com toda a sua prática restante.

3 comentários:

Anónimo disse...

MST bloqueia qdo se trata de FCP mas, cada inteligência tem a sua estupidez e a dele é esta.
Também concordo que se trata de uma vaidade sem tamanho.
É estranho mas, Freud explicará tudo.

Anónimo disse...

Também é exibicionismo, traço sempre presente na personalidade do MST em qualquer discussão não só desportiva como politica. O principal traço de uma pessoa intelectualmente exibicionista é a discordância face a tudo o que é aceite pelas massas, em bom português "é ser do contra". Só sendo do contra a nossa posição é mais discutida que a dos outros, que relevância tem uma posição semelhante à da maioria? Que destaque lhe darão? Agora se esta mesma posição, por mais ridícula que seja, for controversa, terá certamente um grande destaque. O mais engraçado é que as pessoas intelectualmente exibicionistas são geralmente bastantes intelegentes e, em muitos casos, conseguem defender posições pouco coerentes sem contudo cair no ridículo. Concluindo, a única diferença entre o MST no futebol e na politica é que no futebol ele pode exagerar no seu facciosimo intelectual, escondendo-se no lema "no futebol um gajo pode ser burro, porque é emocional e não racional" e ultrapassa a fronteira do intelectualmente defensável.

Anónimo disse...

O football é o ópio do pobo (do norte).