Há (havia) em James Brown um excesso de exibicionismo gratuito, uma excentricidade forçada que me desagrada profundamente, daí não ser dos meus favoritos, estar mesmo muito longe disso. Por outro lado, o facto de se ter dispersado por vários géneros ou sub-géneros, ao longo de uma carreira demasiado longa e orientada fundamentalmente para o “sucesso” e o showbizz, (preenchida?), retira-lhe alguma consistência e coerência, alguma unidade, tal como aconteceu a tantos outros, apesar disso mais decisivos do JB. Não alinho, portanto, nos panegíricos excessivos que os media lhe dedicam - e que são sintomáticos do que acima se afirma nesta época do “mais vale parecê-lo do que sê-lo” - colocando-o ao nível de importância de um Bob Dylan e de um Elvis Presley, também eles com carreiras demasiado longas e desiguais. Que dizer, então, de outros nomes da música negra como Ray Charles, Otis Redding e Aretha Franklin, para só nos ficarmos por aqui? E fiquemo-nos mesmo por aqui...
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