Ao afirmar que "acredita a meta anual do "déficit" vai ser cumprida" e ao desvalorizar os números reais do primeiro trimestre mesmo que eles não possam ser directamente extrapolados para o total do ano - e não podem, Cavaco Silva liga uma vez mais o seu destino e o desempenho da função presidencial aos do governo ao qual, vá lá saber-se porquê, resolveu um dia colar-se, abdicando de valorizar qualquer autonomia política que lhe possibilitasse vir a desempenhar um qualquer outro papel. Caso, como parece ser bem provável, o governo venha a falhar o cumprimento dos objectivos anuais do "déficit", Cavaco Silva não deixará assim de vir a ser considerado como um dos principais responsáveis por tal falhanço nas justas críticas que então se farão ouvir. Espero não vir o sofrer as consequências do que vou dizer de seguida, mas, francamente, já me parece estupidez a mais.
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