Colocar o foco da oposição aos exames do 4º ano na "stress" que isso possa causar às crianças parece-me errado, e os defensores do governo nos "media" e na "blogosfera", já o tendo percebido, agarram-se à contestação de tal ideia, onde até podem ter alguma razão e recolher apoio popular, como lapa a rocha. Por algum "stress" que os exames possam causar, e não sendo eu pedopsiquiatra nem tendo conhecimentos relevantes sobre a matéria, não me parece tal seja de molde a originar, na generalidade, grandes problemas a alunos de nove anos, e não será também esse o sentimento dominante no país. Ao invés, a contestação devia estar focada, isso sim, na demonstração do facto de o país estar a alocar recursos e esforços a uma acção dirigida no sentido errado e que, por isso mesmo, nada contribui para a melhoria da formação e desenvolvimento das crianças e alunos. Essa, sim, é uma questão política, e como tal deveria ser ela o centro da contestação ao populismo "cratista". Como muito bem o faz Daniel Oliveira.
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