segunda-feira, maio 06, 2013

O "Dia da Mãe" de Paulo Portas

O pedido final de Paulo Portas, na sua comunicação de ontem, para que o deixassem ir festejar o "Dia da Mãe" foi uma espécie de "assinatura" publicitária de um produto, uma espécie de "Omo lava mais branco" ou "coisa doce tão fofinha" (das "Bombocas", para os mais novos) que serve para comunicar aos consumidores, de forma resumida e memorizável, os valores de uma marca. "What the brand stands for", para falar no "jargão" do "marketing" e dos negócios. Paulo Portas é pois aquele que, num governo onde impera a tecnocracia "dura e empedernida" de Gaspar, se preocupa com os mais fracos, os mais velhos e desprotegidos, as mães e os avós que, na actual emergência, se vêm na contingência de  "terem de valer" a filhos e netos. Aquele que é capaz de abreviar um importante assunto de Estado para correr para junto de sua mãe no dia que lhe é tradicionalmente dedicado. No fundo, para que a comunicação fosse ainda mais eficaz, apenas terá faltado aparecesse em fundo, pairando no ar como no episódio de Woody Allen nas "Histórias de Nova Iorque" ou em plano pós-packshot" de um filme publicitário, a mãe de Paulo Portas enxugando uma pequena lágrima furtiva perante tal manifestação de amor filial. Sejamos honestos: nenhum David Ogilvy deste mundo faria melhor. 

5 comentários:

Queirosiano disse...

Já está a pensar no "day after", no que vai andar a dizer pelas feiras e romarias. E nos parolos que vão voltar a votar nele.
Este é dos tais funcionários públicos que não rescindem nem a tiro.

JC disse...

É, já assinou contrato com outro clube, para a próxima época, mas, enquanto for dando, vai jogando pelo actual.

Anónimo disse...

Só lhe faltou cantar o "Mãe querida, Mãe querida".
O homem é artista...ainda me lembro dele nos primordios quando dirigente estudantil.

JC disse...

Essa faceta de dirigente estudantil, desconhecia.

Anónimo disse...

Foi nos primórdios. Ainda um jovem imberbe...se não me engano no Liceu Passos Manuel.