Marcelo Rebelo de Sousa, que é assim uma espécie da prima Georgina de Raúl Solnado "que gosta muito de dizer coisas", declarou hoje que a próxima reunião do Conselho de Estado irá ser um "debate muito interessante, mas em que irá haver muitos pontos de interrogação, muitas incógnitas". Acrescentou ainda que a reunião irá servir para o Presidente da República "ouvir o que os conselheiros pensam sobre o mundo, a Europa e Portugal daqui a um ano, um ano e meio, dois, três ou quatro anos".
Ora partindo do princípio que no actual "estado da arte" é possível alguém em Portugal ter alguma ideia mais ou menos precisa sobre o que quer que venha a acontecer na Europa e no mundo daqui a dois, três ou quatro anos (excepto o EXCEL do ministro Vítor Gaspar, claro), será que Cavaco Silva e os portugueses não sabem já "de cor e salteado" o que pensam Pedro Passos Coelho, Assunção Esteves, Alfredo José de Sousa, Alberto João Jardim, Ramalho Eanes, Mário Soares, Jorge Sampaio, Marcelo Rebelo de Sousa (ele mesmo), Vítor Bento, Bagão Félix, Marques Mendes, Manuel Alegre, António José Seguro e Luís Filipe Menezes, todos eles personalidades com intervenção política e mediática quase permanente, sobre o país e o mundo? Ou será que não estamos apenas perante uma tentativa de Cavaco Silva para conseguir inverter os seus actuais baixíssimos níveis de popularidade? Juízo tem Vasco Cordeiro, que deve preferir um Gorreana a um qualquer insípido Lipton servido em Belém e, assim, já declarou se deixará ficar no conforto do seu arquipélago, já que tudo isto não passa mesmo de mais uma encenação ridícula.
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