Podemos pensar o que quisermos de Pinto da Costa - e não vale a pena repetir o que penso de si, enquanto pessoa, e dos seus métodos - mas temos de concordar nunca cometeu o erro básico de se tornar prisioneiro, a si e ao clube que dirige, de um treinador. Não o fez, até por contingências da vida que nada tiveram a ver com o futebol, com José Maria Pedroto, com quem fundou as bases ideológicas e a cultura e filosofia de clube em que se alicerçaram a hegemonia do FCP do futuro; não o fez igualmente com Artur Jorge, que dirigiu a equipa no seu primeiro título europeu; o mesmo aconteceu com José Mourinho, que, anos mais tarde, conduziu o clube à conquista da Liga Europa e da Champions League, em anos sucessivos; por fim, não o fez com André Villas-Boas, que conquistou campeonato (sem derrotas) Taça de Portugal e Liga Europa. O FCP sobreviveu, conseguiu títulos e Pinto da Costa continuou à frente dos destinos do clube, mostrando com isso coragem e determinação e demonstrando o clube, enquanto instituição, estava acima de qualquer personalidade ou conjuntura. Luís Filipe Vieira que gaste um ou dois minutos a pensar no assunto, é o que lhe peço.
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