Durante a sua já longa e gloriosa história, o SLB teve muitos treinadores: maus, medíocres, suficientes, bons, muito bons e excepcionais. Otto Glória lançou as bases dos sucessos de década de 60 e Bela Guttmann conduziu o clube à glória mundial. E, falando já dos meus tempos de adulto, o clube já teve pelo menos dois treinadores capazes de ir ganhar jogos decisivos, na luta pelo título, a casa de adversários directos: Eriksson, em 91, nas Antas, nas condições de dificuldade extrema que todos bem conhecemos, e Toni (hoje uma caricatura que me deprime sempre que o oiço), em Alvalade, em 1994. Serve isto para dizer que por muito negativa que tenha sido para o clube a primeira década deste século (e foi-o), ditada por razões que são do domínio público, a História do "Glorioso" não começou em 2009/2010, nem está dependente de quaisquer Messias ou Salvadores. Muito menos de personalidades insubstituíveis ou, por esta ou aquela razão, endeusadas ou mitificadas por uma comunicação social desportiva, com uma ou outra excepção, perto da indigência. Por muito valor que tenha demonstrado quem como profissional o serve - e alguns têm-no feito, inclusivamente nestes anos mais recentes - o presente e o futuro do nosso clube depende, isso sim, dos seus sócios e adeptos, da capacidade dos seus dirigentes e das boas e adequada decisões de gestão que ambos saibam tomar. Neste momento, há todas as razões para crer que, em conjunto, saberemos tomar as mais adequadas, quaisquer que elas sejam.
Era só isto, pondo alguns pontos em outros tantos "is", que me apetecia dizer.
Sem comentários:
Enviar um comentário