quarta-feira, maio 01, 2013

A eliminação do Real Madrid

  1. Claro que o que vou dizer é totalmente especulativo, mas fiquei ontem com a sensação de que seria mais fácil para uma muito boa equipa que jogasse no contraste, que fizesse da "posse" e circulação de bola o seu modelo de jogo, eliminar o Borussia, em vez de um Real Madrid que faz das transições rápidas, das cavalgadas pelos flancos, de um futebol muito físico e dos passes longos e tensos o modelo em que assenta o seu jogo. Acho até que Mourinho percebeu isso e fez alinhar Modric, que é essencialmente um jogador que gosta de ter bola e de a fazer circular. Mas, claro, esse não é o modelo dos "merengues" e, assim sendo, Modric, mesmo possibilitando à equipa algumas nuances no modo como joga, parece ser quase sempre uma peça que encaixa mal naquele mecanismo. Pode alguém ser quem não é?
  2. Durante a estada de José Mourinho no Santiago Bernabéu os jogos do Real Madrid passaram a ser, para os portugueses, uma espécie de Portugal - Espanha dos tempos do "hóquei patriótico". Só que, oh ironia das ironias, o Madrid passou a ocupar o lugar que antes pertencia a Portugal e os seus adversários o de Espanha. Não deixa de ser curioso.
  3. Já o disse neste "blog": José Mourinho, com o seu estilo de gestão desafiante e pelo conflito, de ruptura, parece-me ser um treinador mais adequado a um "challenger" (como o Chelsea, por exemplo, ou até como o Internazionale, o PSG ou até mesmo o FCP da linha ideológica Pedroto/Pinto da Costa) do que para "aristocratas" do futebol como o são o Real Madrid, o Manchester United, o A. C. Milan ou o Bayern. Em qualquer destes clubes será sempre alguém incomodado com regras que não são as suas.  

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