As eleições de Outubro irão colocar o SLB numa situação de demasiada vulnerabilidade. Por uma lado, a actual direcção tenderá a querer resolver o problema da continuidade, ou não, da equipa técnica muito em função dos seus interesses nessas eleições. Por outro, também essa mesma direcção se movimentará no sentido de fazer todos os possíveis para que a equipa comece bem a próxima época, mesmo que tal prejudique o resto da temporada, enquanto, interna e externamente, outros haverá que utilizarão os seus poderes em sentido contrário. Haveria datas mais propícias? Tenho dúvidas, já que realizá-las no final das temporadas coloca outro tipo de problemas relacionados com a preparação da época seguinte. Maior autonomia da SAD em relação ao clube de modo a evitar que estes sobressaltos possam ter tão grandes reflexos no futebol profissional? Não conheço a legislação e estatutos em pormenor, mas em teoria parece ser uma solução que pode fazer algum sentido. No fundo, o que isto demonstra é que em Portugal os clubes de futebol profissional ainda carregam demasiadamente a sua herança fundadora de sociedades recreativas. Por razões muito próprias que têm a ver com o seu passado e percurso, foi o FCP de Pinto da Costa quem melhor e mais cedo se conseguiu desembaraçar dessa herança, com os resultados que se conhecem.
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