quinta-feira, abril 05, 2012

SLB: rescaldo da Champions League

Como sempre tenho afirmado neste "blog", o SLB cumpriu mais do que a sua obrigação nesta sua participação na Champions League 2011/2012: ganhou, sem grandes problemas, um grupo que integrava o Manchester United, eliminou o Zenit nos 1/8 de final com um dos jogos disputados em condições de extrema dificuldade e realizou dois bons jogos com o Chelsea, jogos estes onde nada esteve a seu favor. 

Mas precisa de crescer. E crescer significa cometer menos erros, ter mais cabeça fria, incluindo nas atitudes de alguns dos seus jogadores, preencher alguns dos seus pontos mais fracos (já não falando do caso do defesa-esquerdo, o actual Jardel, que na Liga portuguesa até vai cumprindo, é, pelo menos para já, insuficiente a este nível) e saber que quando chegar a esta fase dificilmente poderá contar com a complacência dos árbitros, até porque, independentemente de quaisquer eventuais favorecimentos premeditados (continuo a digerir muito mal um tal Chelsea-Barça de 2009), os adversários terão, em princípio, experiência de campeonatos onde se arbitra com critérios diferentes dos utilizados na Liga portuguesa.

E crescer significa também, para Jorge Jesus e Luís Filipe Vieira, preparar a equipa para o que vai enfrentar numa fase já adiantada destas competições, e por muito que o SLB tenha razões de queixa das arbitragens em Lisboa e em Londres (e tem de sobra), insistir demasiado nesta tecla e voltar quase ao tom das "vitórias morais" também não me parece ajude a equipa nesse processo de crescimento. 

Por último, para crescer de forma sustentada a equipa tem de estar mais vezes nos 1/8 de final e nos 1/4 de final da Champions League, quiçá, aqui ou ali, também numa 1/2 final (não me parece seja realista, em condições normais, pedir mais a qualquer equipa portuguesa), e para isso é preciso criar o hábito de ganhar também internamente. E neste caso, há ainda algum caminho a percorrer. 

5 comentários:

Vic disse...

Meu caro JC
Acha que foi injusta a eliminação. Aliás, nunca pensei que o Chelsea se tivesse transformado numa equipa tão vulgar, e até medrosa. E como se vê, na Europa as influencias, tal como cá, movem-se conforme a dimensão do país a que pertencem clubes.

(eu sei que o me caro não gosta de falar dos árbitros, mas tem que concordar que o discurso de LFV é contraditório: há pouco dizia que não falava de arbitragens e que se deviam deixar os árbitros em paz, agora queixa-se das arbitragens ao fim de cada jogo, e até insinua, como fez ontem, que a UEFA tem influência nos resultados das eliminatórias.

JC disse...

1. Influências sempre as houve, e haverá. Até onde vão... Em consciência, não posso dizer os árbitros dos 2 jogos tenham errado propositadamente e por influência de terceiros.
2. Todos os dirigentes de clubes se contradizem c/ essa história de (não)comentarem as arbitragens.
Abraço

Karocha disse...

VIC

Mas há algum discurso do Vieira que tenha pés e cabeça?

JC disse...

Digamos que tem feito alguns progressos...

Karocha disse...

LooLLLL JC!