Tal como a esquerda mais radical nos anos sessenta e setenta com o qual partilha mesmo algumas das suas mais destacadas personalidades, a nova direita não institucional (vamos chamar-lhe assim por comodidade), que tem a sua expressão mais evidente na "blogosfera" mas nela não se esgota, tem o seu quê de moda. Como tal, é por vezes irreverente, outras interessante e inovadora, não raramente lhe achamos graça e até arriscamos a ser por ela seduzidos. Aqui e ali, até podemos adoptar algumas das suas inovações. Mas, como qualquer moda que se assuma e se preze, é muitas vezes somente espampanante, iconoclasta e apenas destinada a embasbacar, vazia de conteúdo e com exclusão de qualquer outro objectivo que não seja o “choque e espanto”, que não seja alimentar-se e esgotar-se de si, para si e em si. Por vezes, faz-me mesmo lembrar o glam rock á procura do seu Bowie... Também, como moda que é, aderem a si, maioritariamente, os mais frívolos e que esperam um reconhecimento fácil, embora, aqui e ali, existam excepções que um dia servirão para confirmar a regra – e felizmente que assim é.
Como moda, e como a esquerda mais radical dos anos sessenta e setenta, tenderá a desvanecer-se com alguma rapidez, in thin air. Espero ainda vir a ter a oportunidade para ver o que fica.
Como moda, e como a esquerda mais radical dos anos sessenta e setenta, tenderá a desvanecer-se com alguma rapidez, in thin air. Espero ainda vir a ter a oportunidade para ver o que fica.
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