Em plena globalização, em que marcas e produtos da mesma marca são produzidos indiferentemente neste ou naquele país, por vezes em vários simultaneamente, em que a origem não é, na maior parte dos casos, indicada ou claramente visível (fabricado na UE é uma menção comum, por exemplo), que integram componentes de origem diversa, que sentido faz apelar a “comprar português”?
O que é que isso significa exactamente? Por exemplo, quando se compra um Volkswagen fabricado em Palmela, na Auto-Europa, está-se a comprar português? E um vinho “Finca Flinchman”, produzido pela portuguesa Sogrape na Argentina? Quando se compra um pão da BIMBO, marca pertencente a uma multinacional americana cuja produção para o mercado português é assegurada por fábricas portuguesas e espanholas e cujo mercado o recebe de ambas as origens consoante a região onde é distribuído, estamos a falar de quê? E uma aguardente Macieira, marca do grupo “Pernod - Ricard? Outro exemplo: quando a Pescanova começar a produzir pregados (acho vão ser pregados, mas tanto faz, pode ser besugo, marmota ou chaputa) nas instalações de Mira, o peixe é português?
Estamos a falar, portanto, de empresas portuguesas (conhecemos os detentores do capital?), marcas portuguesas (como o sabemos?), fabricadas em Portugal (a mesma marca e o mesmo produto podem ter proveniências diferentes) ou dos famigerados “centros de decisão nacionais” (vão lá explicar isto a 99% dos consumidores!)? Que confusão, não é?
Bom, por último, quando o governo e os partidos do chamado “arco governamental” apelam (quanto a mim, bem) a um aprofundamento político da UE (um espaço de livre circulação de pessoas, produtos e serviços; de soberania partilhada) através da aprovação do Tratado Reformador, quando se incentivam (e muito bem) as empresas portuguesas à internacionalização, que sentido faz uma campanha deste tipo apelando a valores nacionalistas (ou pelo menos a alguns deles)? Não será completamente off strategy? Não seria interessante ver a campanha avaliada e os resultados dessa avaliação publicados? Já agora, quem foi o da “boa ideia” de assim esbanjar o dinheiro dos cidadãos-contribuintes?
O que é que isso significa exactamente? Por exemplo, quando se compra um Volkswagen fabricado em Palmela, na Auto-Europa, está-se a comprar português? E um vinho “Finca Flinchman”, produzido pela portuguesa Sogrape na Argentina? Quando se compra um pão da BIMBO, marca pertencente a uma multinacional americana cuja produção para o mercado português é assegurada por fábricas portuguesas e espanholas e cujo mercado o recebe de ambas as origens consoante a região onde é distribuído, estamos a falar de quê? E uma aguardente Macieira, marca do grupo “Pernod - Ricard? Outro exemplo: quando a Pescanova começar a produzir pregados (acho vão ser pregados, mas tanto faz, pode ser besugo, marmota ou chaputa) nas instalações de Mira, o peixe é português?
Estamos a falar, portanto, de empresas portuguesas (conhecemos os detentores do capital?), marcas portuguesas (como o sabemos?), fabricadas em Portugal (a mesma marca e o mesmo produto podem ter proveniências diferentes) ou dos famigerados “centros de decisão nacionais” (vão lá explicar isto a 99% dos consumidores!)? Que confusão, não é?
Bom, por último, quando o governo e os partidos do chamado “arco governamental” apelam (quanto a mim, bem) a um aprofundamento político da UE (um espaço de livre circulação de pessoas, produtos e serviços; de soberania partilhada) através da aprovação do Tratado Reformador, quando se incentivam (e muito bem) as empresas portuguesas à internacionalização, que sentido faz uma campanha deste tipo apelando a valores nacionalistas (ou pelo menos a alguns deles)? Não será completamente off strategy? Não seria interessante ver a campanha avaliada e os resultados dessa avaliação publicados? Já agora, quem foi o da “boa ideia” de assim esbanjar o dinheiro dos cidadãos-contribuintes?
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