The Brill Building (XIV)
Ora a propósito de Barry Mann e Cynthia Weil, vamos lá pela primeira vez falar das Ronettes, duas irmãs, Veronica e Estelle Bennett , e uma prima, Nedra Talley, nascidas e criadas em NY. Veronica casaria mais tarde (1968) com Phil Spector, casamento que duraria até 1974, sabe-se lá bem como, acrescento, face ao que hoje conhecemos da personalidade do genial Spector. O que é também interessante no caso das Ronettes é que são bastante fruto de um acaso (o que nada desmerece do seu valor), pois encontravam-se casualmente à porta do Peppermint Lounge quando foram confundidas com um grupo contratado. Parece que se saíram bem, com uma versão de “What Did I Say” de Ray Charles, e isso foi apenas o começo. O tema que Mann e Weil compuseram para o grupo, “Walking In The Rain”, nem sequer foi o seu maior sucesso - esse foi “Be My Baby”, da também dupla do Brill Building Jeff Barry – Ellie Greenwich -, mas foi o segundo maior, chegando a #23 em 1964. Mais importante, é um excelente exemplo do que ficou conhecido para a história como “Phil Spector wall of sound” , um som denso e saturado que o próprio Spector denominava como a abordagem Wagneriana ao rock n’ roll. Um exagero, claro, mas de Spector não seria de esperar outra coisa, ou melhor, seriam de esperar coisas bem piores. Mas pronto, Spector foi tão importante que estamos aqui fartos de falar dele sem que ainda tenhamos chegado ao capítulo que lhe será dedicado. Bom, ainda não será da próxima vez, já que teremos ainda muito para falar sobre o Brill Building. Por exemplo, dessa próxima vez voltaremos para trás para falar dos temas de Mann e Weil para os Drifters e Gene Pitney. Até lá, aqui ficam as Ronettes.
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