Se empatar com a Finlândia, a selecção portuguesa de futebol será apurada para a fase final do europeu sem conseguir ganhar a nenhum dos seus adversários directos, algo que deveria deixar os seus responsáveis bem pensativos. Independentemente de algumas outras causas, como ter jogado fora de casa alguns desses jogos com os jogadores ainda em forma deficiente, por via de início de época recente e “ressaca” do mundial, a questão-chave, essa, é bem outra: um meio campo de qualidade duvidosa*, melhor disfarçado quando Deco joga e está em forma, que não pressiona, tem dificuldades em fazer circular a bola quando pressionado e, como não pressiona, ganha poucas bolas perto da área contrária. Ressente-se a defesa, que é assim sujeita a uma sobrecarga de trabalho e vê muitas vezes aparecerem-lhe pela frente os adversários embalados e em velocidade (ver jogos com a Polónia), obrigando-a a recorrer à falta perigosa (ver jogos com a Sérvia). Falta também quem equilibre a equipa, leve o jogo à frente funcionando um pouco como um “elástico”. Deco fá-lo um pouco (sabe "unir" a equipa à sua volta), mas tem estado demasiado ausente e “fora de forma”.
Ontem Scolari fez pior: partiu a equipa em dois, desequilibrou-a, criou-lhe um enorme buraco no meio e foi o que se viu. Simão sabe jogar a nº 10? Sim, mas fazia-o no Benfica de Santos, num 4X4x2 em losango, sem extremos e com a mobilidade de Miccoli e Nuno Gomes, o que equilibrava a equipa no meio campo. Não é a mesma coisa do que jogar com extremos de grandes correrias como Quaresma e Cristiano, ainda por cima individualistas e com grande percentagem de perdas de bola, e com pontas-de lança de outro tipo, jogadores de área (muito bem vindos, aliás) como Almeida e Makukula.
Bom, se Scolari não quer ter um desgosto na próxima 4º feira e deixar um país em estado de choque, terá de reequilibrar a equipa, dotando-a de um meio campo mais consistente. Sem Moutinho, o mais parecido que se arranjaria com Deco embora uns degraus abaixo – é um bom jogador mas nunca terá categoria internacional, para isso faltando-lhe quilos e centímetros -, terá de utilizar mais um médio “de ligação”. Quem melhor faz de “elástico”, tendo já experiência internacional, é M. Fernandes, mas não tem jogado e é muito irregular. Assim, talvez Meireles, adiantando Maniche e tirando um dos extremos, sendo Quaresma o principal candidato por ser o que pior tem jogado, o que menos faz circular a bola e menos surge no meio, fazendo de segundo ponta de lança. Veremos se será suficiente... A propósito: No Estugarda, Meira joga por vezes a “pivot” defensivo. Já alguém disse isso a Scolari?
* Se é na defesa e ataque - este agora reforçado com Hugo Almeida a jogar com regularidade no Werder Bremen e com um internacionalmente experiente Makukula - que estão os jogadores de melhor nível internacional (Miguel e Caneira jogam no Valência, Carvalho e Ferreira no Chelsea, Meira no Estugarda, Pepe no Madrid, Andrade na “Juve”, Bruno Alves e Bosingwa no FCP lider do seu grupo na “Champions League” – Nani e Cristiano no Man. Un., Almeida no Werder Bremen, Quaresma no FCP, Simão já jogou no Barça e, enfim, não sendo o Atlético um grande clube sempre dá para jogar na Liga espanhola), o meio campo é, de facto, o parente pobre: apenas Deco. Petit é um jogador útil mas de qualidade mediana em termos internacionais, Veloso poderá ou não vir a crescer (é um pouco lento, pouco agressivo e por vezes desconcentra-se, tendo a vantagem de construir jogo desde o seu meio campo), Maniche tem demasiados altos e baixos e internacionalmente nunca se afirmou, Tiago anda perdido e de Fernandes e Moutinho já se disse tudo.
Ontem Scolari fez pior: partiu a equipa em dois, desequilibrou-a, criou-lhe um enorme buraco no meio e foi o que se viu. Simão sabe jogar a nº 10? Sim, mas fazia-o no Benfica de Santos, num 4X4x2 em losango, sem extremos e com a mobilidade de Miccoli e Nuno Gomes, o que equilibrava a equipa no meio campo. Não é a mesma coisa do que jogar com extremos de grandes correrias como Quaresma e Cristiano, ainda por cima individualistas e com grande percentagem de perdas de bola, e com pontas-de lança de outro tipo, jogadores de área (muito bem vindos, aliás) como Almeida e Makukula.
Bom, se Scolari não quer ter um desgosto na próxima 4º feira e deixar um país em estado de choque, terá de reequilibrar a equipa, dotando-a de um meio campo mais consistente. Sem Moutinho, o mais parecido que se arranjaria com Deco embora uns degraus abaixo – é um bom jogador mas nunca terá categoria internacional, para isso faltando-lhe quilos e centímetros -, terá de utilizar mais um médio “de ligação”. Quem melhor faz de “elástico”, tendo já experiência internacional, é M. Fernandes, mas não tem jogado e é muito irregular. Assim, talvez Meireles, adiantando Maniche e tirando um dos extremos, sendo Quaresma o principal candidato por ser o que pior tem jogado, o que menos faz circular a bola e menos surge no meio, fazendo de segundo ponta de lança. Veremos se será suficiente... A propósito: No Estugarda, Meira joga por vezes a “pivot” defensivo. Já alguém disse isso a Scolari?
* Se é na defesa e ataque - este agora reforçado com Hugo Almeida a jogar com regularidade no Werder Bremen e com um internacionalmente experiente Makukula - que estão os jogadores de melhor nível internacional (Miguel e Caneira jogam no Valência, Carvalho e Ferreira no Chelsea, Meira no Estugarda, Pepe no Madrid, Andrade na “Juve”, Bruno Alves e Bosingwa no FCP lider do seu grupo na “Champions League” – Nani e Cristiano no Man. Un., Almeida no Werder Bremen, Quaresma no FCP, Simão já jogou no Barça e, enfim, não sendo o Atlético um grande clube sempre dá para jogar na Liga espanhola), o meio campo é, de facto, o parente pobre: apenas Deco. Petit é um jogador útil mas de qualidade mediana em termos internacionais, Veloso poderá ou não vir a crescer (é um pouco lento, pouco agressivo e por vezes desconcentra-se, tendo a vantagem de construir jogo desde o seu meio campo), Maniche tem demasiados altos e baixos e internacionalmente nunca se afirmou, Tiago anda perdido e de Fernandes e Moutinho já se disse tudo.
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