Marques Mendes nomeou um grupo de trabalho para analisar o projecto TGV. Saúda-se a iniciativa. Mas lembra-se, uma vez mais, que o assunto não pode ser analisado excluindo a questão do novo aeroporto e, a montante, do modelo de desenvolvimento do país e de integração ibérica. Trata-se, pois, de uma decisão política. Sendo assim, por exemplo, parece-me que a opção Portela+1 e o modelo que lhe está subjacente (que defendo) “implicam” a ligação à rede ibérica de alta velocidade (Lisboa-Madrid), tal como já existe a ligação Madrid-Sevilha e existirão em breve outras, como Madrid-Barcelona”, formando a “estrutura em estrela”. O que terá os seus custos. Isto para dizer que assim como a escolha do local de construção da mega-estrutura aeroportuária defendida pelo governo não pode ser apenas, e apresentando o assunto de forma muito genérica, uma questão de custos de construção (mais barato ou mais caro) ou de distância a Lisboa - como tem sido muitas vezes agitado, de forma redutora, pelos defensores, “Otistas” ou “Alcochetenses”, dessa opção - também a análise que sair do estudo do PSD sobre a alta velocidade não poderá, de modo nenhum, limitar-se apenas a critérios economicistas, de rentabilidade “pura e dura”. Aliás, se os modelos de desenvolvimento e de integração/competição ibérica estão implícitos - embora infelizmente pouco explícitos - na proposta do governo, seria agora uma boa oportunidade, a pretexto deste seu estudo, para o PSD apresentar os seus. Tudo ficaria bem mais claro, o que é sempre desejável...
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