O jogo de ontem da selecção sub-21 de Portugal, contra a sua congénere belga (não é assim que se diz?), serviu às mil maravilhas para revelar uma vez mais aqueles que são os principais defeitos da grande maioria dos jogadores portugueses, tão mais evidentes quanto mais se caminha no sentido da base da pirâmide.
- Em primeiro lugar, uma extrema dificuldade em jogar em “ataque continuado”, fazendo circular a bola no meio campo contrário, principalmente quando a equipa adversária pressiona em todo o campo e os espaços e tempo para jogar, desse modo, se encurtam. Isto é explicado, também, pela pouca capacidade defensiva e pressionante dos atacantes e médios mais ofensivos, o que impede a conquista da bola nesses terrenos e contribui para partir a equipa em duas. Mas também por um baixo ritmo competitivo, convenhamos. Ontem, Portugal apenas conseguiu equilibrar o jogo quando o ritmo baixou, por via do normal desgaste provocado pelo decorrer do mesmo.
- Um claro déficit de poder físico-atlético (altura, velocidade, poder de choque e de arranque), o que não é novo. Estou curioso, tendo isto em atenção, em verificar a evolução de Nani no futebol inglês, lembrando-me que é a conjugação de técnica e poder físico-atlético que fazem o sucesso de Cristiano Ronaldo.
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