Portugal é, hoje em dia, um dos mercados de que se compõe, ou em que se divide, a Península Ibérica, tal como o são a Catalunha, o País Basco, a Galiza ou a Comunidade Valenciana. Assim é considerado, por exemplo, pelas várias empresas multinacionais ou que operam num espaço transnacional, e não faz qualquer sentido ser considerado de outra forma. Sê-lo seria origem de ineficiências várias e igual desperdício de recursos. Com a sua especificidade, claro, como todos os outros mercado ibéricos de que falámos, incluindo, também como eles, uma língua própria.
Num futuro mais ou menos longínquo, será uma das suas nacionalidades, o que não implica necessariamente a perda da sua independência política nem significa algo de negativo ou apocalíptico. Nem sequer uma perda de oportunidades para os seus nacionais, já que, no actual momento e citando apenas um exemplo, dificilmente alguém poderá esperar atingir lugares de topo numa estrutura transnacional se não optar por uma carreira fora de Portugal ou por um complemento de formação no estrangeiro. Mais ainda, pelos seus investimentos no país, a integração ibérica dos mercados tem sido oportunidade de emprego mais qualificado, formação acrescida para muitos dos portugueses e acesso a produtos de melhor relação qualidade/preço.
É a esta luz que deve ser analisada a tão falada necessidade de ser competitivo com Espanha, o que tem sido demasiado frequentemente interpretado como incentivo a uma rivalidade com armas semelhantes, obviamente destinada ao fracasso, e não como tendo por objectivo encontrar o nosso espaço de oportunidade e de riqueza numa integração plena. Pelos vistos, infelizmente, a mentalidade anti-castelhana herdada do salazarismo e o tradicional provincianismo dos portugueses, que, ao contrário dos espanhóis, nunca foram verdadeiramente um competidor a ter em conta nas disputas europeias, têm conseguido conjugar-se num factor potenciador do nosso atraso. Queiramos ou não, é também tudo isto que tem estado presente nas discussões sobre o novo aeroporto de Lisboa, e a decisão a tomar em nada lhe será alheia.
Num futuro mais ou menos longínquo, será uma das suas nacionalidades, o que não implica necessariamente a perda da sua independência política nem significa algo de negativo ou apocalíptico. Nem sequer uma perda de oportunidades para os seus nacionais, já que, no actual momento e citando apenas um exemplo, dificilmente alguém poderá esperar atingir lugares de topo numa estrutura transnacional se não optar por uma carreira fora de Portugal ou por um complemento de formação no estrangeiro. Mais ainda, pelos seus investimentos no país, a integração ibérica dos mercados tem sido oportunidade de emprego mais qualificado, formação acrescida para muitos dos portugueses e acesso a produtos de melhor relação qualidade/preço.
É a esta luz que deve ser analisada a tão falada necessidade de ser competitivo com Espanha, o que tem sido demasiado frequentemente interpretado como incentivo a uma rivalidade com armas semelhantes, obviamente destinada ao fracasso, e não como tendo por objectivo encontrar o nosso espaço de oportunidade e de riqueza numa integração plena. Pelos vistos, infelizmente, a mentalidade anti-castelhana herdada do salazarismo e o tradicional provincianismo dos portugueses, que, ao contrário dos espanhóis, nunca foram verdadeiramente um competidor a ter em conta nas disputas europeias, têm conseguido conjugar-se num factor potenciador do nosso atraso. Queiramos ou não, é também tudo isto que tem estado presente nas discussões sobre o novo aeroporto de Lisboa, e a decisão a tomar em nada lhe será alheia.
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