Domingos de quase Verão são mesmo propícios a isto, à preguiça e ao deixar correr, ao esperar que o tempo passe, a pensar nos maiores disparates que nos vêm à cabeça. E falando em disparates, dei por mim mesmo a pensar, já que existem um sem número de empresas de organização de festas e eventos, muitas delas fornecendo mesmo – a troca de pagamento, claro está – colunáveis e “socialites” para abrilhantar as “ditas”, em montar uma empresa de organização de manifestações. Não daquelas de “grande instrumental” – como as designava, nos tempos salazarentos, o velho republicano Cunha Leal – que essas, as que podemos designar por mass market, são hoje em dia patente registada pela CGTP e PCP e nada nem ninguém as conseguiria organizar com igual sucesso. Mas outras, mais pequenas e destinadas apenas a competir em pequenos segmentos e “nichos” de mercado. Claro que o capital inicial seria necessariamente escasso, tudo ou quase tudo garantido pelo recurso ao outsourcing, contacto efectuado através das tecnologias de informação e pagamento a "recibo verde". Assim, bem parece o negócio poder ser de rentabilidade garantida. Se não vejamos.
"Manif" anti-Bush ou contra a ocupação israelita da Faixa de Gaza? Nada que assuste: uns rapazes e raparigas aqui do vizinho Pedro Nunes, contratados a cinco euros à hora e, pelo que normalmente vejo, sem ser necessário recurso a guarda roupa especial, constituiriam, por certo, mão de obra adequada. Seria apenas necessário um bom casting (nada do tipo “Morangos com Açucar”), já que uns keffyeh guardados desde a Expo e distribuídos a preceito, mais umas bandeiras americanas, destinadas a queima, compradas em uma das dezenas de lojas “China Feliz” aqui do bairro, comporiam bem o ramalhete.
"Manif" dita daquelas “pela vida”? Ora aqui no bairro não faltam umas “tias”, que normalmente se ocupam de lojas de comida feita, decorações a metro e ao domicílio, buscarem crianças à escola em carrinhas Mercedes ou pura e simplesmente de nada. Não sendo necessário recurso a guarda-roupa, estou também certo o fariam bona fide e com auto-recurso à paróquia, já que a “causa”, para elas, seria de inquestionável justiça.
E querem mais exemplos? Pois ora aqui têm! "Manif" à porta de uma empresa em vias de deslocalização? Recurso aos reformados do Jardim da Estrela, que por certo não desdenhariam complementar a sua parca reforma com o dinheiro ganho numas vigílias e numas boas “suecadas” pela noite fora. De mais complicado, apenas, garantir assistência médica adequada, para o que desse e viesse, e uns agasalhos extra.
E, já agora, porque não uma manifestação pela protecção dos animais? Bom, aqui a “coisa” sairia um pouco mais cara, já que seria de “bom tom” contratar algumas top model para o efeito, uma vez que, mandando a tradição deste tipo de eventos que “antes nuas do que vestidas com peles”, melhor seria tirar bom partido da ocasião e torná-la (à" manif") bem mais estética. Cá por mim, esta última parece atrair-me de sobremaneira...
Como podem ver, nada de muito complicado e a exigir enorme investimento ou instalações luxuosas. Não acham que vale a pena tentar?
Ah, já me esquecia que é domingo de quase Verão, logo, propício ao disparate... As minhas desculpas, mas eu bem tinha avisado!
"Manif" anti-Bush ou contra a ocupação israelita da Faixa de Gaza? Nada que assuste: uns rapazes e raparigas aqui do vizinho Pedro Nunes, contratados a cinco euros à hora e, pelo que normalmente vejo, sem ser necessário recurso a guarda roupa especial, constituiriam, por certo, mão de obra adequada. Seria apenas necessário um bom casting (nada do tipo “Morangos com Açucar”), já que uns keffyeh guardados desde a Expo e distribuídos a preceito, mais umas bandeiras americanas, destinadas a queima, compradas em uma das dezenas de lojas “China Feliz” aqui do bairro, comporiam bem o ramalhete.
"Manif" dita daquelas “pela vida”? Ora aqui no bairro não faltam umas “tias”, que normalmente se ocupam de lojas de comida feita, decorações a metro e ao domicílio, buscarem crianças à escola em carrinhas Mercedes ou pura e simplesmente de nada. Não sendo necessário recurso a guarda-roupa, estou também certo o fariam bona fide e com auto-recurso à paróquia, já que a “causa”, para elas, seria de inquestionável justiça.
E querem mais exemplos? Pois ora aqui têm! "Manif" à porta de uma empresa em vias de deslocalização? Recurso aos reformados do Jardim da Estrela, que por certo não desdenhariam complementar a sua parca reforma com o dinheiro ganho numas vigílias e numas boas “suecadas” pela noite fora. De mais complicado, apenas, garantir assistência médica adequada, para o que desse e viesse, e uns agasalhos extra.
E, já agora, porque não uma manifestação pela protecção dos animais? Bom, aqui a “coisa” sairia um pouco mais cara, já que seria de “bom tom” contratar algumas top model para o efeito, uma vez que, mandando a tradição deste tipo de eventos que “antes nuas do que vestidas com peles”, melhor seria tirar bom partido da ocasião e torná-la (à" manif") bem mais estética. Cá por mim, esta última parece atrair-me de sobremaneira...
Como podem ver, nada de muito complicado e a exigir enorme investimento ou instalações luxuosas. Não acham que vale a pena tentar?
Ah, já me esquecia que é domingo de quase Verão, logo, propício ao disparate... As minhas desculpas, mas eu bem tinha avisado!
1 comentário:
Caro JC, acho-o melancólico!...E se fosse até a um lugar cheio de mar ou rio, olhar para algo belo? :)
Boa semana para si!
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