Basta ter estado hoje atento ao contra-ataque dos "media", com destaque para os jornais económicos e para a TSF, onde jornalistas como Paulo Baldaia, Bruno Proença e André Macedo monopolizaram o comentário político/económico do respectivo Fórum, para perceber que o manifesto propondo a reestruturação da dívida atingiu o governo e o grupo de radicais seus defensores em cheio ou, pelo menos, em zona de elevada sensibilidade. Foi pois, por parte do governo, decretada a mobilização geral, não faltando ao rolo compressor dos seus defensores argumentos como a acusação de serem os seus subscritores os causadores da crise (embora nunca tenha ouvido Passos Coelho ou Paulo Portas criticarem o modelo de desenvolvimento seguido nos últimos anos antes de terem tido acesso ao "pote") ou um outro, decisivo, quando falham ou são insuficientes todos os outros: a inoportunidade da discussão. Ficámos assim também todos a saber, com esta mobilização geral, em que se traduziria, na prática, o tal amplo consenso proposto pelo governo e pelo Presidente da República aos partidos e forças da oposição: no acesso ao reino maravilhoso do pensamento único. Peço licença, mas todos estamos doentes de saber o que são esses tais "reinos maravilhosos".
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